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10/03/2009

Novo conto [um tanto pesado...]: Live Mensseger



Espero que gostem deste. Ele é baseado em coisas verdade-de-mentirinha, como REC, Cliverfield e Bruxa de Blair...



Existem diversas formas de se contar uma história... Vamos ver se esta agrada....






Live Mensseger




* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa, mas que legal hoje na escola! Adorei a aula de artística.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Nem me fale. Ei, vamos colocar todo mundo da classe na conversa?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ah, não sei. Vamos.

Luiz está na conversa.

RamireZ está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

Kel ;* está na conversa.

Guilherme está na conversa.

<< %%BruH%% >> está na conversa.

RamireZ diz:
Nossa! O que é isso?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi! É o bate-papo do primeiro. Boa a idéia, não é?

S2_Jêh_S2 diz:
Olá. Adorei sim a idéia!

Luiz diz:
Legal!

<\> PeKeNa iAiA diz:
É Ramirez, ficamos sabendo de você e da Raquel!

RamireZ diz:
Sabendo o que? Porque nem eu sei do que vocês estão falando!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Se faz de inocente.

Kel ;* diz:
Oi... O que foi? Quem?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Vocês pensam que enganam alguém...

<< %%BruH%% >> diz:
Como é? Como se adiciona pessoas para a conversa?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa! É muito, muito fácil!

<< %%BruH%% >> diz:
Eu sei, é que a Raquel me pediu para interromper o assunto...

Kel ;* diz:
É mentira da Bruna!

Luiz diz:
Sei que é mentira sim!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ah, sabia! Há, há, há.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Nossa!

S2_Jêh_S2 diz:
Meu Deus! Vocês estão deixando o menino com vergonha. Há, há, há.

Guilherme diz:
Nossa! O que é isso?

<< %%BruH%% >> diz:
Só agora que ele viu a conversa?

RamireZ diz:
Gente, nada a ver o que vocês estão pensando!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nada a ver é?

Guilherme diz:
Aí Ramirez, conquistador!

RamireZ diz:
Que chatice! Parem com isso!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Tudo bem, agora sério. Alguém tem mais endereços eletrônicos do pessoal da classe?

RamireZ diz:
Só vocês mesmo.

Guilherme diz:
Eu tenho o Leitão e o Pedro também.

S2_Jêh_S2 diz:
Coloca-os na conversa pra nós adicionarmos eles também.

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

@LeitauM@ está na conversa.

@LeitauM@ diz:
Oi todo mundo.

Pê ..::Delícia::.. diz:
Olá pessoal!

S2_Jêh_S2 diz:
Oi!

RamireZ diz:
Oi.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Oi!

<< %%BruH%% >> diz:
Oi!

Kel ;* diz:
Nossa! Quantos “ois”.

Luiz diz:
Deixamos a menina de mau humor. Há, há.

RamireZ diz:
Mas eu não gosto da Raquel. Eu estou gostando de outra pessoa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Como assim? Quem é?

RamireZ diz:
É da Yara.

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ramirez, coitado, ela já tem namorado.

RamireZ diz:
Coitado por quê? Que raiva desse tipo de coisa!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa, eu só estava preocupada.

RamireZ diz:
Ninguém pediu!

Luiz diz:
Ela não tem namorado não!

- - > Y α я ι ин α < - - está na conversa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Não é para colocar na conversa Joyce!

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa, gente, o clima pesou. Estou saindo.

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

@LeitauM@ diz:
Eu também estou pulando fora.

@LeitauM@ saiu da convresa.

Pê ..::Delícia::.. saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Por essa eu também não esperava.

S2_Jêh_S2 saiu da conversa.

Guilherme diz:
Nossa!

Kel ;* diz:
Meu Deus!

Guilherme saiu da conversa.

Kel ;* saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 10/3/2009 ás 22:45.

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*

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi.

RamireZ diz:
Oi.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Ramirez, você é o único homem que está on-line aqui no meu live mensseger.

RamireZ diz:
E daí?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Faz favor e pergunta para o Guilherme onde está o anel.

RamireZ diz:
Como assim?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Copia da nossa conversa e cola lá: Guilherme, eu não conto para ninguém, mas onde você colocou o anel da Yara?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Vai lá.

RamireZ diz:
Tudo bem, mas para que você quer saber disso.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Para nada. É para e ganhar um anel novo!

RamireZ diz:
Ele escreveu aqui que o escondeu dentro do apagador da lousa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Obrigada!

Última mensagem recebida em 11/3/2009 ás 16:01.

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*

RamireZ diz:
Yara! Você vai pagar muito caro!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
O que eu fiz?

RamireZ diz:
Eu descobri o que a aposta realmente valia! O que ele tem que eu não tenho?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Ramirez, pare com isso!

Ramirez diz:
Você vai ver só, sua mentirosa!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
E daí que eu quero beijar ele e não quero beijar você? Eu não gosto de você!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Você é feio demais!

Luiz está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

Kel ;* está na conversa.

Guilherme está na conversa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Porque você está colocando todo mundo na conversa?

<< %%BruH%% >> está na conversa.

<\> PeKeNa iAiA está na conversa.

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

@LeitauM@ está na conversa.

#Jhenifer>> S2 está na conversa.

RamireZ diz:
Vocês não sabiam com quem estavam mexendo! Agora vão todos pagar muito caro! Um a um. E podem ter certeza que não vou parar até ter o sangue de todos vocês em minhas mãos!

RamireZ saiu da conversa.

Kel ;* diz:
Nossa! Que horror! Ele está off-line agora?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ele ficou off sim! Nossa que medo! Agora eu estou com remorso.

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Deve ser brincadeira dele! O que será que o deixou atormentado desse jeito?

Luiz diz:
E depois eu que sou irritado!

Luiz saiu da conversa.

@LeitauM@ saiu da conversa.

#Jhenifer>> S2 diz:
Que horror! Tenho que ir agora...

#Jhenifer>> S2 saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA saiu da conversa.

Kel ;* saiu da conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa! Será que ele estava falando sério?

Guilherme diz:
Nem sei.

Pê ..::Delícia::.. diz:
Nossa! Que horror!

Pê ..::Delícia::.. saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 12/3/2009 ás 22:45.

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*

#Jhenifer>> S2 diz:
Nossa cara! Eu estou com medo! A Yara não foi à escola hoje!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Eu sei! Também fiquei pensando! Vou ligar na casa dela pra ver se ela está lá...

#Jhenifer>> S2 diz:
E então? Ela está?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Não. A mãe dela falou que está muito preocupada!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa! Agora eu estou morrendo de medo!

#Jhenifer>> S2 diz:
Sério mesmo que ela não está lá?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Sério! Eu não brinco com essas coisas não!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Que horror!

#Jhenifer>> S2 diz:
Olha! O Ramirez está on-line! Vou colocar ele na conversa!

RamireZ está na conversa.

#Jhenifer>> S2 diz:
Oi?

RamireZ diz:
Estão com medo de serem as próximas?

RamireZ diz:
Eu só estou avisando! Eu vou acabar com um por um de vocês!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Pare Ramirez! Não se brinca com essas coisas!

Ramirez diz:
O sangue da Yara é bem doce! Espero que o sangue de vocês seja bem docinho também!

RamireZ saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ai meu Deus! Acho que nem vou para a escola amanhã!

#Jhenifer>> S2 diz:
Eu também estou com bastante medo! Tenho que sair!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Até mais!

#Jhenifer>> S2 diz:
Até!

Última mensagem recebida em 13/3/2009 ás 15:41.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

<< %%BruH%% >> diz:
Oi, você está aí?

Kel ;* diz:
Estou sim!

<< %%BruH%% >> diz:
A Yara não foi hoje mesmo! Eu estou até com medo!

Kel ;* diz:
Nem me fale! Será que o Ramirez a matou?

<< %%BruH%% >> diz:
Não sei! Só sei que foi muito estranho ela não ter ido!

Kel ;* diz:
Você viu o que a Joyce falou? Que a Yara estava no ônibus hoje de manhã com elas?

<< %%BruH%% >> diz:
Não! Será mesmo?

Kel ;* diz:
A Joyce não iria mentir, não é?

<< %%BruH%% >> diz:
Acho que não. Estou conversando aqui com o Pedro. Ele falou que viu o Ramirez sondando a escola!

Kel ;* diz:
Como assim?

<< %%BruH%% >> diz:
Ele tá explicando aqui que aquela hora que ele foi abrir a janela, ele viu o Ramirez lá embaixo!

Kel ;* diz:
Mas ele estava com a Yara?

<< %%BruH%% >> diz:
Aqui, o Pedro falou que não conseguiu enxergar direito.

Kel ;* diz:
Vou colocar ele na conversa!

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

Pê ..::Delícia::.. alterou seu nome para Pedro Meneses.

Kel ;* diz:
Pedro... Explica para mim essa história que você viu o Ramirez direito!

Pedro Meneses diz:
É sério! Eu não levantei e fui à janela que falaram que estava emperrando para tentar abrir?

Kel ;* diz:
Lembro sim!

Pedro Meneses diz:
Então, eu o vi lá embaixo! Ele estava segurando um saco de lixo bem grande, mas não deu para enxergar direito!

Kel ;* diz:
Ai! Que medo!

<< %%BruH%% >> diz:
Mas o que ele estava fazendo?

Pedro Meneses diz:
Ele só estava olhando para a janela. Depois, ele começou a andar e eu não consegui ver ele mais.

Pedro Meneses diz:
A Patrícia também o viu!

<< %%BruH%% >> diz:
Você a tem no mensseger?

Pedro Meneses diz:
Tenho sim! Vou colocar ela na conversa, esperem um pouco...

Paty está na conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Oi Patrícia!

Paty diz:
Oi gente!

Kel ;* diz:
Oi. Patrícia, conta essa história direito, que vocês viram o Ramirez e tudo mais.

Paty diz:
Sério mesmo! O pior é que eu acho que ele estava com as mãos ensangüentadas!

Kel ;* diz:
Verdade?

Pedro Meneses diz:
Não sei. Eu pelo menos não vi isso, foi só a Patrícia.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa. Nem quero ver.

<< %%BruH%% >> diz:
Tenho que ir... Já adicionei você aqui Patrícia!

Paty diz:
Ah, obrigada.

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

Kel ;* diz:
Nossa... Eu também vou desligar aqui. Está chovendo muito!

Paty diz:
Até depois.

Pedro Meneses diz:
Até amanhã...

Kel ;* saiu da conversa.

Paty diz:
Pedro, eu estou morrendo de medo!

Pedro Meneses diz:
Eu também não quero encrenca não... Bom, amanhã q gente vê no que é que isso vai dar. Estou indo jantar. Até amanhã.

Paty diz:
Até.

Última mensagem recebida em 13/3/2009 ás 22:11.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

RamireZ diz:
Pode aguardar que logo será sua vez Raquel. Sentiu falta de alguém na classe?

RamireZ diz:
Não vai me responder?

Kel ;* diz:
Saiba que já avisei a polícia, e que você não vai mais conseguir matar mais ninguém!

RamireZ diz:
Era a vez de Jeanine hoje, mas acho que ela ficou com medo demais para ir, assim como você, a Bruna e a Jhenifer! Eu fiquei sem opções...

RamireZ diz:
Tive que abater o leitão...

Kel ;* parece estar off-line. As mensagens enviadas serão entregues quando esse contato entrar. Envie um e-mail para esse contato ao invés disso Adicione um número de celular para esse contato.

Última mensagem recebida em 14/3/2009 ás 01:21.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

Luiz está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

<< %%BruH%% >> está na conversa.

<\> PeKeNa iAiA está na conversa.

RamireZ diz:
Como estou vendo, nenhum de vocês mais vai para a escola. Vou ter que caçar um a um em terreno desconhecido, mas não pensem que esqueci de vocês!

Kel ;* diz:
Eu não entendo porque você está fazendo isso com a gente! Por quê?

RamireZ diz:
Porque vocês mexeram com a pessoa errada! Ah, e esqueci de comentar, mas estou teclando do computador do Guilherme. O sangue dele é bem doce também, mas a carne da Yara era mais saborosa.

RamireZ saiu da conversa.

Luiz diz:
Ai. Agora gelou. Eu não estou conseguindo digitar!

Kel ;* diz:
Meu Deus! Ele está matando a gente mesmo!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Amanhã eu vou com a espingarda de meu pai para a escola! Quero só ver se ele me pega!

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Não Joyce! É muito arriscado ir para a escola!

Kel ;* diz:
Meu pai está conversando com a polícia.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Não!

S2_Jêh_S2 diz:
O que foi?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Liguem o noticiário! Estão falando da gente!

Kel ;* diz:
Estou sem televisão aqui. O que estão falando?

Luiz diz:
Em que canal?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Canal oito.

Kel ;* diz:
E então? O que falaram?

S2_Jêh_S2 diz:
Que segunda feira não haverá aula por causa de ameaças aos alunos.

Luiz diz:
Nossa! Que medo! Minha mãe está me mandando sair do computador.

Luiz saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Deus do céu! Eu não consigo ficar no computador também. Estou saindo.

<\> PeKeNa iAiA saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 15/3/2009 ás 23:55.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

Kel ;* diz:
Ai Jeanine! Eu não estou conseguindo falar com a Bruna!

S2_Jêh_S2 diz:
Sério? Você bloqueou o Ramirez também?

Kel ;* diz:
Bloqueei sim!

S2_Jêh_S2 diz:
A casa da Joyce não está atendendo!

Kel ;* diz:
Olha o jornal! Meu pai acabou de ver aqui! Encontraram os corpos perdurados em uma das árvores da escola!

S2_Jêh_S2 diz:
Não acredito!

Kel ;* diz:
O celular da Bruna não atende também! Eu não lembro o celular da mãe dela de cor!

S2_Jêh_S2 diz:
Ai meu Deus! Não tem mais ninguém da nossa classe on-line! Ou eu vi errado aqui?

Kel ;* diz:
Não tem mesmo! Espera um pouco. Ouvi um barulho aqui. Acho que é a televisão. Estou indo desligar ela.

S2_Jêh_S2 diz:
Tudo bem.

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel?

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel? Você está on-line ainda?

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel me responde! Não fique me assustando!

Kel ;* diz:
Oi Jeanine. Já está chegando sua vez. Pena que Raquel não pode mais digitar para você passar o tempo enquanto eu chego aí.

Kel ;* parece estar off-line. As mensagens enviadas serão entregues quando esse contato entrar. Envie um e-mail para esse contato ao invés disso Adicione um número de celular para esse contato.

Última mensagem recebida em 16/3/2009 ás 22:58.








Bom... espero que assute pelo menos alguém... hehehehe

04/03/2009

Novo conto [um tanto Trash]: Ônibus

Escrevi esse aki baseado em alguns acontecimentos q aconteceram comigo... e com a Raquel, a Bruna e a Jeanine, ou seja, os nomes não são fictícios! A não ser o de alguns dos meninos...

Está bem trash... espero que curtam...



Ônibus



Desciam para o ponto de ônibus todos animados. Estudavam na mesma classe e se conheciam a pouquíssimo tempo, pois o ano letivo apenas começara, porém alguns vinham da mesma escola. Poucos dias atrás ainda eram tímidos uns com os outros, mas a vivência da mesma fase de vida fizera com que uns compreendessem os outros rapidamente.
- Je-A-Ni-Ne! – um dos garotos, Eduardo, gritou, aos risos, por como o nome soava engraçado quando dito daquela maneira.
Jeanine também riu, sendo seguida pelas outras meninas que a estavam acompanhando.
- Nossa! Esses caras nem tem mais o que inventar – Raquel falou, gargalhando.
- Ra-Que-El... – ele gritou de volta.
- Nem teve graça! É mais engraçado com o nome da Jeanine! – Ramirez, outro garoto que estava indo até o ponto de ônibus disse.
- É verdade! – Raquel concordou.
- Há, há! Pergunta pro Ramirez se ele gosta de homem ou de mulher... Olha só a resposta que ele dá... – Danilo riu, lembrando-se do outro dia, quando perguntara isso.
Ramirez fez um sinal negativo com a cabeça olhando para baixo enquanto ria.
- Então tá... Ramirez, você gosta de homem ou de mulher? – Eduardo perguntou, como o outro garoto sugerira.
Ficaram esperando pela resposta, pois ele não conseguia falar, tentando segurar o riso. Por fim, após se acalmar um pouco, falou:
- Porque não vem descobrir? – após dizer, caiu na gargalhada, assim como todos os outros.
- Ai! Ramirez, meu amor! – os garotos gritaram.
O menino nem ligou. Apenas se divertia, tentando ao máximo esquecer-se do dia letivo.
Após isso, o grupo se dividiu. Metade seguiu para um ponto de um dos lados da avenida e o outro ficou aguardando ao movimento da rua, para que pudessem chegar ao outro.
- Até amanhã – Danilo e Eduardo se despediram, quase em coro.
- Até – alguns dos outros disseram, atravessando rapidamente a avenida.
- Ai gente, acho que não vou pegar o mesmo ônibus que vocês não... Ele para muito longe da minha casa. – Jennifer disse, enquanto esperavam pelo sinal dos carros se fechar para que os pedestres pudessem passar.
- Que ônibus você vai pegar então? – Ramirez questionou.
- O mesmo da Joyce... – a garota respondeu.
Ramirez deu risada.
- Então vai ter que esperar por mais uma hora... – concluiu.
Após algum tempo esperando que os carros parassem, a turma atravessou. Já havia muitas pessoas lá no ponto de ônibus, algumas da própria classe deles.
Não ficaram muito tempo esperando, jogando conversa fora, antes que outra parte da classe chegasse, também nos risos.
- Oi Raquel, meu amor! – Pedro chegou, tentando abraçar a garota.
- Ah, sai fora! – a menina disse, risonha, empurrando-o com as duas mãos e tentando se esconder do beijo que ele se retesava a dar.
Enquanto isso, Fabrício agarrara o pequeno casaco rosa de Raquel e o começara a vestir, fazendo com que todos gargalhassem.
- Ai Ramirez! Eu não agüento essas coisas! – Bruna riu, já com as bochechas doloridas de tanto gargalhar pelo caminho.
Assim que o garoto olhou para o outro, com a blusa de frio pequena, apertada e rosada, tampou a boca com uma das mãos tentando abafar a alta gargalhada.
- Não! Espere aí que vou tirar uma foto disso! – conseguiu pronunciar, em meio ás gargalhadas.
Ele retirou seu aparelho celular do bolso e tirou uma foto, no apertar de alguns botões, enquanto Fabrício fazia uma pose fotográfica feminina. Logo, ele começou a tirar a blusa novamente, para devolvê-la a Raquel.
- Não! Põe de novo! – Ramirez falou, de repente. – Tava sem memória. Põe de novo pra eu tirar a foto – explicou.
- Eu não vou por de novo – o garoto riu.
- Raquel... Você trabalha na feira? – ouvia-se Pedro, ao fundo.
- Como? – ela respondeu, confusa.
- Porque você é um chuchuzinho – disse, caindo na gargalhada. – Olha que cantada profissional hein!
Todos riram. Raquel estendeu a mão que não estava segurando seu fichário sobre a testa, balançando leve e negativamente a cabeça enquanto ria.
Um ônibus chegou. Pedro e Fabrício entraram nele e foram embora, assim com mais diversas pessoas do ponto, esvaziando o banco. Onde Ramirez, Raquel, Jeanine, Bruna e Jennifer, os que restaram esperando, se sentaram.
- Nossa. Tomara que a Joyce chegue logo. Não quero ficar esperando o ônibus aqui sozinha. – Jennifer falou.
- Olha ela vindo – Bruna apontou.
Joyce estava atravessando a avenida, indo até eles.
- Ainda bem. Não gosto de ficar sozinha.
- Jennifer, hoje você vai ficar em sua casa? – Jeanine perguntou.
- Não, vou passar no Carlos Silva.
- Passar em quem? – Ramirez perguntou.
- Na minha antiga escola. – explicou.
- Ah, entendi.
Raquel soltou um risinho.
- Lá vem confusão pra gente!
- Por quê? – o garoto tornou a questionar.
- Sempre que essa fala que vai lá pro Carlos Silva, alguma coisa ruim acontece. – ela explicou, fazendo as outras três rirem.
- Oi gente! – Joyce cumprimentou, sentando-se no banco também.
- Mas, como assim? Algo ruim acontece? – ele interrogou, ainda confuso.
- Lembra aquele dia do homem com a cara toda tatuada? – Ramirez fez um sinal positivo com a cabeça. – Ela teve que ir lá. Nas férias também aconteceu isso. A gente combinou de ir pro shopping center e ela falou que ia lá pra escola. Entrou um mendigo no ônibus, fedido. Tudo ficou cheirando bosta. Sério mesmo! – Raquel contou.
- Ai, credo gente! – Joyce comentou.
- O duro é que é verdade! – Bruna riu.
- É a maldição da Jennifer na escola do além! – Ramirez falou, com uma voz fantasmagórica.
- Ai Ramirez, pare! – Jennifer reclamou, aos risos, dando-lhe um tapinha no ombro.
- Que homem com cara tatuada? – foi a vez de Joyce perguntar.
- Essa eu conto! – o garoto exclamou. – Sabe o dia que eu levei a máscara que a gente fez pro carnaval embora?
- Sei, semana passada – Joyce confirmou.
- A gente entrou no ônibus. A Jennifer tava junto com nós nesse dia. Sentamos todos nos bancos do corredor, sabe? Cada um com uma pessoa estranha. Justo a Raquel sentou com esse homem aí com o rosto inteirinho tatuado. Aí a Jeanine cochichou para a gente, “esse aí nem precisa usar máscara” – nesse momento Joyce começou a rir. – Não! Joyce, você não tem noção! O cara devia ter uns oitenta anos!
- Ramirez, não exagere! Eram uns sessenta anos – Jeanine explicou, aos risos.
- Não. Mas o duro é que a Bruna não conseguiu segurar o riso. Ela olhou pro homem, segurando a respiração e depois e depois quase caiu na risada – Ramirez continuou contando, imitando a reação da garota e provocando riso nas meninas. – Aí o homem ficou olhando pra gente de canto de olho com uma cara de mau! A Jeanine que sabe fazer...
Jeanine abaixou a cabeça e começou a olhar para eles com o canto do olho, ameaçadoramente, séria.
- Olha lá! O nosso ônibus chegou.
Os quatro se levantaram e Ramirez estendeu o braço, sinalizando para que o veículo parasse. Assim que o mesmo o fez, entraram. Jeanine e Bruna entraram, mas quando Raquel ia usar o cartão de passes na máquina que permitia que passasse pela roleta, o objeto caiu ao chão e ela abaixou-se pega-lo. Enquanto estava abaixada, Ramirez olhou disfarçadamente para ela e riu quando percebeu que as outras duas o estavam olhando. Elas também riram.
Assim que recolheu o pequeno cartão, Raquel o usou e a máquina reconheceu, deixando-a passar.
Era vez do garoto e ele aproveitou e fez uma piadinha após ter seu cartão reconhecido e estar passando.
- Se eu entalar aqui vocês devem de ajudar hein! – falou.
Entraram e se sentaram, Ramirez e Raquel juntos e as outras duas na dupla de bancos logo atrás.
O veículo não anda por muito tempo até que se ouve um espirro bem alto alguns bancos mais para o fundo. Jeanine mão consegue segurar o riso, sendo seguida pelos outros. Todas as outras pessoas estavam emudecidas.
- Tá rindo do que hein? – uma voz feminina pronunciou grosseiramente.
Jeanine e Bruna olharam para ela, enquanto os outros dois apenas espiaram pelo canto dos olhos.
- Tá olhando o que? Caralho! – a estranha mulher voltou a dizer, desafiadoramente.
Ramirez levou as duas mãos á boca, tentando desesperadamente abafar um riso alto que estava por vir. Ficaram calados.
- O que foi hein? Cacete! Ficaram com medo agora?
- Medo nenhum não. De você? – Jeanine respondeu.
- Jeanine! – Bruna falou, chamando a atenção da garota.
Ramirez trocou olhares sérios com as garotas.
- Mexeu e não correu o pau comeu! – ela tornou a falar, em tom de zombaria.
E estranha mulher levantou-se e puxou a pequena corda que tocava um pequeno alarme, avisando ao motorista que alguém desceria ao próximo ponto.
- A retardada vai passar o cartão e quase cai e o gordinho quase fica entalado. – falou, indo em direção á porta de saída.
- Amanhã esse bando de idiotas vai ver só. Acho bom nem pegarem o ônibus desse horário, porque se pegarem o pau vai comer – outra voz feminina de mesmo tom agressivo disparou.
Desceram. Quando o quarteto olhou pela janela, viram três moças jovens mal vestidas rindo histericamente e acenando com o dedo do meio levantado para eles.
Quando o ônibus tornou-se a mover, os comentários entre eles começaram.
- Credo! – Jeanine iniciou, arregalando os olhos.
- Nossa! É cada coisa que acontece nesse ônibus! – Bruna falou.
- Não! Mas vocês ouviram? Elas acharam que eu caí e não que eu abaixei para pegar o cartão – Raquel lembrou.
Ramirez gargalhou:
- Pior! O que foi que ela falou? Escreveu e não leu o pau comeu?
Todos riram.
- Sei lá... Será que foi isso mesmo? – Raquel questionou, aos risos.
- Queria só ver ela contra nós quatro – Jeanine falou.
- Não era só ela não! Eram três mulheres! – Bruna corrigiu.
- Verdade? – a garota perguntou, confusa.
- É sim. Eu ia é ficar assistindo a briga, rindo! – Raquel disse, risonha.
- Eu também! – a outra confirmou.
- Eu ia ajudar você Jeanine, não se preocupe – Ramirez disse, ainda rindo.
- É isso aí Ramirez! A gente ia acabar com aquelas piranhas! – Jeanine zombou, erguendo o punho fechado no nível de seus olhos.
Raquel abaixou o tom de sua voz, olhou séria para o grupo e falou:
- Gente, e se elas estiverem no ônibus amanhã? Elas não pegam todo dia nesse horário?
- Raquel, sua boba, elas estavam só tirando uma com a nossa cara – Ramirez disse.
- É nada, a mulher falou séria! – a garota tornou a falar.
- Não... Mas na hora que ela falou, a primeira coisa que eu pensei foi que se ela fosse descer no mesmo ponto que eu, eu ia ficar e descer no ponto da Bruna! – Jeanine comentou.
- Isso é só quando o Ramirez está no ônibus! – Bruna riu.
- E quando a Jennifer fala que vai pro Carlos Silva – Raquel completou.
- Hoje, na sessão da noite, o quarteto sinistro e o ônibus da morte! – Ramirez disse, satirizando as propagandas da televisão. – Filme inédito! – completou.
- Verdade! Podiam fazer um filme com as aventuras que a gente passa nesse ônibus – Jeanine falou.
- Já pensaram elas são loucas e estavam armadas? – o garoto ri.
- Se elas vierem pra cima a gente já tem defesa. – Jeanine diz.
- Qual? – Ramirez pergunta.
A garota, em meio aos risos, explica:
- A gente grita pro motorista: “Para o ônibus!”, sai correndo pela porta e pula.
- Melhor, a gente pula pela janela de saída de segurança – Bruna complementa, gargalhando.
- Vocês têm certeza que todas desceram? – o garoto questionou.
- Acho que sim. Já pensou? A gente aqui tacando a boca e elas ouvindo tudo? – Jeanine respondeu.
- É cada coisa que acontece com a gente! – Raquel diz, dando uma leve risada.
Após algum tempo, com diversos outros comentários sobre o ocorrido, Ramirez levantou-se e puxou a pequena corda.
- Vou descer agora. Até amanhã meninas! – ele se despede.
- Até amanhã Ramirez – falam todas ao mesmo tempo, logo após rindo da coincidência.

- Joyce, você perdeu ontem! Tinham umas barraqueiras no ônibus ontem! – o garoto contou, rindo. – Pergunte pra Jeanine. Como foi que ela falou mesmo? Escreveu e não correu, o pau comeu?
Todos riam da situação contada, dentro da sala de aulas, antes das aulas começarem.
- Verdade! Foi escreveu e não leu, o pau comeu, eu acho – a garota corrigiu.
Joyce, sentada em cima de umas das carteiras, gargalhava, enquanto Patrícia fitava-os boquiaberta.
- Hoje então, vou pegar o ônibus com vocês! Adoro barraco! – falou.
Nesse momento entram na sala Raquel, Bruna e Jennifer. Ramirez e Jeanine trocam olhares risonhos com as garotas.
- Eu não acredito que eu perdi tudo ontem! – Jennifer diz, sorridente.
Estavam no meio da aula de português e a professora passava um conteúdo na lousa. Os alunos conversavam entre si enquanto, aos poucos, copiavam, assim como a professora permitira e logo chegaria o intervalo.
Ramirez, sentado á frente de Raquel, vira-se e olha seriamente para ela, que para de copiar as palavras do quadro negro.
- Sabe, Raquel, Desde que eu olhei para cada um dos meus novos colegas, no primeiro dia de aula, assim que olhei para você... – fora sufocado por seus batimentos cardíacos. – O que eu quero dizer é que...
- Ai meu Deus... – a garota disse, de olhos arregalados, assustada.
- O que eu quero dizer é que eu...
- Não, por favor! – ela o interrompe. – Não peça o que eu acho que você vai pedir.
- Tudo bem, eu não falo, mas você sabe o que eu ia pedir – ele responde.
O sinal que adverte aos alunos que podem deixar suas salas para vinte minutos de descanso soa. Sem olhar para mais ninguém, o garoto levanta-se e sai apressado da sala. Bruna acompanha-o com os olhos e repara que algo de estranho acabara de ocorrer.
- Raquel, o que foi que aconteceu? – pergunta.
- Ele pediu para ficar comigo.
Bruna chocou-se com as palavras que acabaram de sair dos lábios de sua amiga. Ao observar as duas, Jeanine começou a prestar atenção ao que falavam.
- Sério, ele falou que ele olhou pra todo mundo na sala de aula e quando ele ia falar o que aconteceu quando olhou pra mim eu interrompi ele. Aí eu falei assim que não era pra ele falar o que eu pensava q ele ia falar – contou.
- E o que ele respondeu? – Bruna questionou, curiosa.
- Que ele não ia falar, mas que eu sei o que ele queria dizer. Depois disso tocou o sinal e ele saiu – falou, séria.
- Você vai ficar com ele? – Jeanine pergunta.

Mais duas aulas e todos deixavam a escola, o pequeno grupo dirigia-se ao ponto de ônibus, como de costume, porém dessa vez, Ramirez estava um pouco mais calado e menos brincalhão.
- Ramirez, meu amor! – os garotos brincaram.
- É, com certeza – ele respondeu, carrancudo e desanimado.
As meninas trocaram olhares.
- Ih! O que será que aconteceu? – Eduardo perguntou, aos risos.
O garoto sorriu falsamente e disse:
- Nada.
Despediram-se. Os garotos ficaram para pegar o ônibus no ponto de um lado da avenida e os outros a atravessaram para pegar o ônibus do outro lado.
Após chegarem, Raquel dá um risinho nervoso e diz:
- Ai, e se elas estiverem no ônibus.
Todos riram, inclusive Ramirez, que logo após, falou:
- Não acredito... Você foi dormir pensando nisso?
- Ah, eu fui – ela respondeu.
Tornaram a rir.
- Ramirez, sobre seu pedido na sala de aula...
O garoto já esperava a resposta. Já previra o que podia ser pelas feições desanimadas da garota.
- Vamos fazer o seguinte – ele começou. – Vamos fingir que nada aconteceu?
- É. É melhor mesmo – Raquel conclui.
- Gente! Aquela professora é louca! – Jennifer iniciou, mudando o assunto.
- Nossa! Nem fale – Jeanine riu.
- Vocês viram o que ela falou para mim? Para euzinha? – continuou.
- Não. Só vi a briga dela com o Luís – Ramirez respondeu.
- Ela foi olhar meu trabalho e começou a riscar. Riscar mesmo sabe? E ela ia falando assim, que ela nem ia ler porque já sabia que estava tudo errado!
Um dos meninos do segundo ano que estava aguardando por seu ônibus, ouvira a conversa e resolveu falar:
- Não... Ela tava ao tirando com a cara de vocês – contou.
- Como assim? – Jennifer questionou, com feições muito confusas.
- Ela faz isso com os novatos, mas é só de brincadeira. Ela nem anota os negativos todos que ela diz que anota – explicou. – Ela já chegou a falar que ia dar negativo pra alguém que estava torto na cadeira?
- Sim. Se a gente respira, ela dá um ponto negativo na nota! – Ramirez contou.
- Então, essas coisas são todas porque nós pedimos.
- Nós? – Jeanine pergunta.
- É. Nós do segundo ano! Ela chegou a pedir um desenho sobre química pra vocês?
- Ela pediu, e disse que ia tirar um ponto da Bruna porque ela não tinha gostado do desenho – Raquel disse.
O garoto caiu na gargalhada. Assim que se acalmou, contou:
- Não acredito que ela fez mesmo isso!
- Nossa! Não acredito que era pegadinha o desenho! – Bruna falou, rindo e balançando a cabeça negativamente.
O ônibus que iria pegar apareceu, descendo a avenida. Jeanine fez sinal para que o mesmo parasse.
- Nós já vamos – Ramirez falou. – Até mais!
- Até! – o garoto se despediu, observando o grupo entrar no veículo.
- Tchau Jennifer – o grupo se despediu quase que em couro.
Raquel fora a última a entrar, seu corpo congelou após passar pela roleta e observar quem os fitava, ao fundo.
- Não fica encarando! – Ramirez cochichou.
Sentaram-se nos mesmos lugares do dia anterior, todos com feições sérias, preocupados.
- Nossa! Eu não esperava por isso! – Jeanine falou, quase que em um sussurro.
As três estranhas do dia anterior estavam ao fundo do ônibus, uma delas usando uma blusa de frio verde cuja toca escondia os olhos, mostrando apenas sua boca, contorcida em um sorriso maléfico. Uma das outras duas usava uma blusa listrada em preto e branco, com uma mochila toda arrebentada ao colo.
- Nossa! Eu vou ligar meu celular para já ficar preparado! – Ramirez diz, soltando um risinho afobado e nervoso. – Qual é o número da polícia mesmo? Um novo e zero?
Ai Ramirez, deixa de bobagem! – Jeanine riu, com o tom de voz bem baixo. – Elas não podem fazer nada com toda essa gente olhando!
Um riso histérico cortou o ônibus, sendo apenas abafado pelo barulho do motor.
- Gente, meu coração tá disparado! – Bruna admitiu.
Raquel passou a mão pelo rosto, afastando um pouco seus cabelos, enquanto dizia:
- Nem fale! Estou com frio na barriga de medo! – cochichou.
- O que as biscates estão fofocando aí na frente? – a grosseira voz pronunciada pela mulher com a blusa de frio verde pronunciou, ríspida e grosseiramente. – Posso saber?
- Biscate é a senhora sua mãe! – Jeanine respondeu, da mesma maneira em que a mulher havia falado.
- Então a putinha vai querer comprar briga mesmo com a gente? Você não sabe onde tá se metendo, ô guriazinha! Trata de calar essa sua boca!
- Jeanine não fale nada! – Ramirez falou, assustado coma reação da garota, assim como as outras meninas.
- Então o gordinho covarde não vai defender a puta? – a estranha questionou, desafiadoramente. Ramirez ouviu um comentário baixo de um dos outros passageiros:
- Nossa! O que é isso?
- Prefiro ser um gordinho covarde que ser igual a você!
- Ai Ramirez, não piora as coisas! – Raquel falou, preocupada, com as mãos trêmulas pelo medo.
A mulher levantou-se e começou a andar na direção do grupo, onde todos estavam sérios. O motorista, sem tirar os olhos da estrada advertiu:
- Por favor, moça, acho melhor você se sentar! Senão serei obrigado a retirá-la do ônibus!
Ela o ignorou e continuou sua lenta caminhada.
- Ai meu Deus! – Bruna exclamou, nervosa.
Assim que alcançou o grupo, a estranha, de pé, segurando-se em uma das barras verticais do veículo, falou:
- Vocês se meteram com gente perigosa! Eu avisei que não era pra vocês pegarem o ônibus desse horário!
Assim essas palavras pronunciadas de modo grosseiro, a mulher retirou do interior de sua blusa um enorme canivete amarelo e com o polegar, ergueu sua lâmina. As duas outras se levantaram e correram ao lado dela, cada uma com um objeto similar á mão. A de listras com uma faca de cortar carne e a última com outro canivete.
O pânico tomou conta dos quatro. Raquel levou as mãos á boca, abafando uma exclamação. Todos estavam com os olhos arregalados e de corações acelerados.
De repente o ônibus freou. O equilíbrio das três estranhas fora atormentado pelo balanço brusco que o veículo fez.
Aproveitando-se disso, Ramirez agarrou o pesado livro de geografia que Raquel carregava ao colo, levantou-se e golpeou fortemente as três mulheres á face. A de blusa de frio verde, que fora a primeira a levar a pancada, caiu ao chão.
As três garotas e mais alguns dos passageiros gritaram. Dois fortes homens e o motorista puseram-se em pé para ajudar o garoto, cuja respiração estava fortíssima, de medo.
Um barulho ensurdecedor cortou o ar, assustando á todos. Ramirez deixou escapar um berro e fechou os olhos com o clarão que cortou o ambiente. Outro barulho similar.
O cheiro de pólvora queimada invadiu todo o local. Os dois homens estavam ao chão, ensangüentados, baleados.
Ao visualizar a cena, todos ficaram agitados. O motorista, rapidamente, voltou atrás, tentando apertar o botão que abriria as portas. Outro tiro foi ouvido.
- Carolaine – a mulher ao chão chamou, levantando-se. – Assuma o busão.
A estranha com o segundo canivete á mão pulou a roleta e ligou os motores. O veículo entrou em movimento.
- Me passe o revólver! – já em pé, a jovem de blusa verde pediu.
A outra obedeceu e entregou o objeto que usara para atirar nas três pessoas para ela.
Ramirez tornou a se sentar, abraçando Raquel fortemente, que chorava em desespero.
- Não se preocupe, vai dar tudo certo! – cochichou. – Eu estou ligando para a polícia e deixando o celular aqui do seu lado – explicou, deixando o objeto escorregar ao lado da coxa da garota. – Eu vou distraí-las enquanto você chama os policiais.
Assim que o disse, levantou-se bruscamente e jogou-se sobre a mulher armada. Assim que caíram ao chão, ele fechou os punhos e começou a socá-la no rosto. O nariz dela já estava sangrando quando ele sentiu uma enorme dor nos ombros.
A estranha de blusa listrada o atacara, porém errara o golpe por causa do movimento do veículo.
- Carolaine, porra! Eu não tô conseguindo acertar ele! – gritou.
Ignorando o sangue que escorria de seu braço, o garoto continuou com os golpes, até que conseguiu desmaia-la.
Jeanine, tomada por uma onda de pânico, levantou-se e agarrou a outra pelos cabelos, que tentava acerta-la com o estilete, desesperadamente, aos berros.
Raquel conversava discretamente ao celular enquanto Bruna chorava com a mão cobrindo os olhos.
- Ai caralho! – Carolaine exclamou, ao volante, quanto Ramirez tomava a arma das mãos da Jovem desfalecida. – Acerta ela Fernanda!
Com o balançar do ônibus, a mulher caiu, e Jeanine deu com as costas ao chão. Sem raciocinar, a estranha agarrou a arma da mão de Ramirez e ambos começaram a disputar pelo objeto, ele puxando-o fortemente e ela tentando puxar o gatilho.
Outro tiro fora ouvido. Fernanda acertara a mulher que estava a dirigir o veiculo. Que bruscamente virou, em capote. Pouco antes de desmaiar com a enorme pancada que levara, Raquel pôde ouvir e sentir diversas outras batidas, o que presumiu que fossem os carros com que o ônibus acidentara.

O barulho das ambulâncias, das viaturas policiais e do corpo de bombeiros despertara a garota, que sentia um amargo gosto de sangue em sua boca.
Tentou se levantar, mas a dor que sentia em sua perna era grande demais para que o fizesse.
- Tem... Tem alguém aí? Ma ajuda! – murmurou.
Ela pôde observar que os assentos estavam ao teto. O ônibus estava de ponta-cabeça.
- Raquel? – ouviu Ramirez dizer.
- Ramirez? Cadê você?
Ele foi andando vagarosamente em na direção da garota, desviando-se de diversos cadáveres que se encontravam por todo o local.
- Raquel! Você está viva! – ele comemorou, aos choros.
- Tem mais alguém vivo? A Jeanine? A Bruna? – Raquel perguntou, deixando escapar lágrimas de dor.
- Só tem um homem junto com a gente. Os bombeiros já estão chegando!
Ela tentou se mover novamente, olhou para sua perna e viu que algum estilhaço do vidro das janelas a cortara. De repente ela iniciou um terrível e triste choro, de luto, no qual Ramirez a acompanhou.
Ela a abraçou cuidadosamente. Seus lábios começaram a se aproximar. Iniciaram um rápido e triste beijo consolador.
- Não acredito que vocês ainda estão vivos! – ouviram a estranha voz grosseira.
Os dois entraram em desespero. Ramirez agarrou o braço de Raquel, ajudando-a a se levantar. Um grito dolorido cortou o silêncio que havia lá dentro.
O garoto jogou o braço dela por cima de seu ombro e ambos começaram a fugir da estranha mulher, que mancava em sua direção.
- Deixe a gente em paz! – o rapaz conseguiu gritar, em meio ao choro.
- Não! Já que vou pro inferno e estou levando todas essas pessoas, faço questão de levar vocês junto.
Ambos caíram.
- Fique longe! – gritou novamente.
Histericamente a mulher, toda ensangüentada, pulou sobre o garoto, que se pôs na frente de Raquel, protegendo-a.
Ela tentava apunhala-lo com a faca de cozinha forçando-a na direção de seu rosto com ambas as mãos e ele defendia-se segurando os pulsos dela. Em um forte berro ele conseguiu empurra-la, mas ela tornou a atacá-lo, cortando sua perna do joelho ao tornozelo.
Aos berros, o garoto tentava parar o sangramento com ambas as mãos.
- Você é doente! Fique longe de mim! – ele gritou ao vê-la se aproximando novamente.
Novamente, um tiro foi ouvido. Ramirez gritou, assustado. O cadáver da mulher tombou ao chão, revelando ao garoto a assustada figura de Raquel, com o revólver empunhado mirando o local onde a estranha estava, com as mãos trêmulas.
Ele afastou o corpo e foi se rastejando até a garota, que caiu no pranto, abaixando a arma. A abraçou.
- Ei! Tem alguém aí? – ouviram uma confortante voz.
- Tem! Três pessoas! – Ramirez conseguiu informar, em meio ao choro. – Um deles está desmaiado.
- Já estamos trabalhando para tirar vocês daí, não se preocupem.Ouviram um baque em uma das portas e logo um grupo de bombeiros entrou.



Fim?...

Bom, espero que gostem, ainda mais as meninas... q tavam cmg no busão qdo as barrakeras fizeram escandalo... XD
Até o próximo conto...