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28/10/2009

O E N C O N T R O - especial de Halloween

O E N C O N T R O

O homem estava parado na praça, de pé, sob a escuridão da sombra de um conjunto de árvores. Ana se aproximou sem nem percebê-lo ali.
Quando a garota saíra de sua casa, o céu estava avermelhado com o pôr do sol. Ela trancou o portão e rumou em direção á seu encontro, usando um belo vestido branco decotado que lembrava as vestimentas das famosas atrizes de filmes antigos. Seus cachos ruivos estavam balançantes e definidos, brilhando como fogo á luz. O sapato que usava fazia um insistente barulho, que a agradava, pois se sentia no controle de si.
Ao ver o homem que a olhava, calado, Ana sorriu e o cumprimentou, com um aceno da cabeça.
- Olá! – disse.
- Oi – o homem retornou.
A jovem estava esbanjando alegria. Estava tão feliz que não se conteve em dizer:
- Estou aqui para um encontro! – as palavras saltaram involuntariamente de seus lábios avermelhados.
O estranho fez um som com a boca.
- E você... O que faz por aqui? – ela questionou.
- Estou esperando uma pessoa chegar para jantar.
- Ah! Eu e Rodrigo também vamos jantar! Para onde vocês vão? – Ana sorriu.
O homem deu um passo para fora da sombra das árvores, mas seu rosto continuava oculto pela escuridão.
- Qualquer lugar aqui por perto.
- Sua namorada é bonita? – a jovem perguntou.
- Na verdade não é minha namorada. Mas é tão bela quanto você – disse, com sua elegante voz grossa.
- Ah, obrigada.
- E seu namorado? Como ele é?
Ana gostou do fato do homem estar conversando com ela. A garota estava tão feliz com seu encontro que precisava contar sua alegria á alguém naquele momento. Seu sorriso era enorme, de orelha a orelha.
- Ele é tão bonito que você nem iria acreditar. Ele é alto, forte, moreno, sobrancelhas grossas, ai, uma loucura! – disse, gesticulando suas mãos.
- Sim. Como vocês se conheceram?
- Estudávamos na mesma escola. Mas nunca tínhamos nos visto pelos corredores até que um dia, a gente precisou fazer um trabalho junto para a feira cultural – contou. – Mesmo assim não tínhamos começado a namorar. Foi só depois, conversando pelo computador, que fiquei sabendo que ele morava perto de casa. Começamos a namorar quando nos encontramos por acaso na fila para o cinema. A conversa fluiu, acabei sentando do lado dele e... – Ana ficou com as bochechas vermelhas. – Ai. Só sei que tive que assistir novamente ao filme depois porque do meio para o final não vi mais nada.
- Que perfume gostoso que você está usando, senhorita – o estranho disse.
- Ah, obrigada. É o favorito do Rodrigo. Ai, acho que estou falando demais, não? Estou tão feliz com este encontro que não conssigo parar de repetir que vou ter um encontro com o Rodrigo! – confessou.
- Então porque não grita para que a cidade toda saiba? É muito bom desabafar!
- Eu tenho um encontro com o homem mais gato do mundo! – Ana berrou para o ar. – Mas e você? Como foi que conheceu sua bela amiga?
- Na verdade não sei tanto sobre ela. Sei que ela é muito bonita e acabou de perder o namorado, coitadinha.
- Nossa! Sério? Que judiação! Eu não saberia o que eu faria se o Rodrigo morresse sabe? – ela disse.
- Sei sim. Mas é o primeiro encontro de vocês? – o estranho homem de voz sedutora perguntou.
A jovem suspirou antes de responder:
- Não. Mas cada encontro tem a mesma emoção como se fosse o primeiro!
Ele voltou a fazer o estranho som com a boca.
Permaneceram em silêncio por algum tempo, até que Ana falou, com menos excitação em sua voz:
- Ele está meio atrasado.
- Não se preocupe, talvez algo grave tenha acontecido – a grossa voz soou pela noite.
- É, talvez.
Mais algum tempo na quietude e a jovem passou a reparar em como a praça estava vazia. Ela deduziu que estava assim desde que chegara, mas só havia visto isso naquela hora porque sua ansiedade pelo encontro havia passado um pouco.
- Ei – o homem disse, fazendo-a olhar para ele. – Acho que conheço se namorado.
- Conhece? – a jovem indagou.
- Sim. Ele não seria por acaso este aqui, seria? – ele perguntou, retirando de seu bolso uma foto e esticando seu braço para Ana pega-la.
A garota estranhou que a mão do homem a tenha alcançado, uma vez que as árvores onde ele se encontrava pareciam mais distantes que a distancia de um braço esticado.
Ana olhou para a figura, boquiaberta. Era a mesma foto que Rodrigo carregava em sua carteira. Ela retratava seu primeiro encontro, quando os dois tinham ido passear em um parque de diversões e registraram aquele momento em frente á roda gigante, que podia ser vista ao fundo.
- Sim! É este mesmo. Mas o que você faz com esta foto? – disse, amedrontada.
O estranho saiu da escuridão. Ele era muito bonito, mas seu rosto estava manchado com algo.
- Ele tem o sangue tão doce... Espero que o seu seja tão bom quanto o dele – o homem disse, aproximando-se de Ana.
Conforme ele chegava mais perto, a jovem encolhia-se no banco. Talvez fosse impressão dela, mas os dentes dele pareciam presas animais e as manchas em sua face, pareciam ser sangue.
Como se não pudesse controlar o próprio corpo, a garota amoleceu seus músculos e tombou a cabeça para trás, submetendo toda a região de seu pescoço ao homem, que a agarrou e aproximou-a a seu corpo.
A ultima coisa que Ana conseguiu pensar não foi em Rodrigo, mas lhe veio á mente a imagem de um corpo feminino nu todo ensangüentado, contorcendo-se em meio á uma multidão de ratos dentro de uma floresta escura.

..::FIM::..
Como eu havia prometido pra alguns.. aí vai uma postagem especial de Halloween com um conto vampiresco... espero que agrade! ^^

23/09/2009

Desculpa pessoal

Eu não ando postando nenhum conto e só coloco essas coisas de biologia... huasuhsauhsauhsauh... é tudo correria de escola... prometo um conto bem especial pro halloween ^^

desculpem o inconveniente...

Ramirez

18/08/2009

Postagem especial: Blog-Novela

Montei um blog novela... to postando um capítulo a cada 3 dias... próximo capítulo dia 20/08/09 ^^

espero que gostem... e ja entrando no clima:

http://www.youtube.com/watch?v=OigFnuXL1NI

já devem sacar o que é née?

www.pela-toca-do-coelho-branco.blogspot.com

Espero que gostem... se der certo, logo monto uma comunidade tbm ^^

03/08/2009

Returns... Good news... Sad news

Bom... nas férias deu pra escrever o auto da barca... e também aproveitei e iniciei o script de um filme ^^... e script semi-finalizado... novo conto á caminho... o que leva á notícia triste.

Como eu disse sobre a mercenária... foi um conto que começei a muito tempo atrás e não estou com muito ânimo de terminar... mas eu já estou com toda estrutura dele montado e tudo mais... o grando problema é sentar e escrever...

Ah, e sobre um dos comentários que recebi... Deivid... TUDO se aprende... ainda mais quando já se encheu demais o saco de alguém sem muito saco blz? ;)

Ah, e esse deve ser um dos únicos posts mais pessoais... só com notícias de mim, sem imagens nem contos, mas já vou dizer asinopse desse filme que citei antes... que aliás, ainda está com nome indefinido...

A avó de Emily está doente, não podendo sair de sua casa na floresta, estando a mãe da garota mal, ela é enviada para cuidr da boa velhinha com uma mala de remédios.
Emily apenas não esperava que a floresta queria cuidar dela... Tampouco que ela deveria enfrentar seus maiores pêsadelos para sair de lá viva.
Ela mora longe e o caminho é deserto... E o lobo mau passeia lá por perto...
Acho que já deu pra pegar o espírito da coisa não é? Uma versão atual da história da chapéuzinho vermelho com uma pá de violência e temas muito atuais... Resta apenas montar uma equipe... Achar uma câmera e equipamentos de som, e gravar o filme. Ou seja: Falta basicamente TUDO... hehehehe
Bom, aguardem o novo conto... que punica coisa que posso dizer dele é que ele completa uma trilogia de contos de fantasmas japoneses do Brasil, que começam com A Loira do Banheiro e contam com A Casa... Agora também tem O Prédio. E não... Esse não vai parar em nenhuma comunidade de histórias de terror... É exclusivo do blog! ^^

27/06/2009

Novo desenho, Férias a caminho, e conto com a Yara


éee... bem promissor... Férias chegando (boa notícia pra quem curtiu a mercenária da morte!) e eu e a Yara (siiim... aquela do blog animesdeso, e do conto do msn) montamos um conto medieval, com alguns elementos de terror. Estou apenas organizando o conto e revisando ele pra depois postar aki por capítulos (E ela lá...)


Sem mais delongas, cá está o desenho: A Sereia de Esgoto... Linduxa nah???


XD... logo mais desenhos e mais 9dades... sem flar no auto do busão infernal... q to escrevendo...

18/06/2009

A Loira do Banheiro Voltou


Mas é claro que vou finalizar a mercenária, calma, calma... ela só voltou em imagem... que eu fiz há muito tempo mas agora vou postar... hehe


é um poist mais pra avisar que ainda to morto e que vou continuar in dead por um tempinho ateh as férias chegarem, mas mesmo assim... nada prometo....


espero que gostem da imgem... será que conssigo lançar um livro com ela na capa? ^^

20/05/2009

Mercenária da Morte


Capítulo I – Meias Verdades.

Alice era o tipo de garota que permanecia afastada e evitava qualquer tipo de contato com qualquer tipo de pessoa. Sempre foi muito quieta e mesmo quando pequena não fazia questão alguma que conversassem com ela. A única pessoa a quem ouvia era a mãe unicamente á noite, quando a mesma lhe lia histórias, algo que já não faziam havia muito tempo.
Apesar de Alice ter um jeito muito diferente, era uma garota bonita. Não ligava para usar roupas coloridas, mas pouco se importava se não estivesse usando preto. Sua grande aventura começou durante uma tarde qualquer de um sábado nublado.
Estava, como de costume, frente ao computador, passando a limpo mais um de seus trabalhos escolares quando começara a chover.
Alice levantou-se e foi fechar a janela para que não caísse água em seu colchão. Mais alguns parágrafos digitados e ela começou a ficar com sono. Aos poucos seus olhos foram ganhando peso e sua vontade de se deitar ia aumentando. Logo, desligou a máquina e deitou-se.
Foi naquele momento que sua aventura desencadeou. Apesar dela não ter idéia alguma do que lhe aconteceria, tudo começava de seu primeiro pesadelo.
Nele, ela acordara assustada com um barulhento trovão. Estava tudo escuro, apenas ouvia-se o barulho da chuva. O brilho repentino e ligeiro de um raio iluminou seu quarto por pouco tempo, mas tempo o suficiente para que ela agarrasse o celular de sua bolsa.
Com a leve luz emitida pelo aparelho, ela guiou-se com esforço até a cozinha, o maior cômodo da casa.
- Mãe? Nenhum som.
- Pai?
Nada além de outro trovão barulhento.
De repente, Alice ouve um estanho barulho vindo da sala, para onde ela segue lenta e cuidadosamente. Tropeçou com uma cadeira que se encontrava no meio da cozinha, caindo no chão com um estalo muito alto.
Sentiu vibrações no chão, como se alguém muito pesado se movesse em sua direção. Com o coração disparado, mas sem expressão alguma em seu rosto ela iluminou o ser que se encontrava á sua frente.
Gritou. Sentiu suor escorrer por entre sua testa e descer até a bochecha. Olhou á sua volta e percebeu que estava em sua cama. Tudo estava escuro.
- Mãe? – a garota chamou.
- Sim querida? – ouviu ao longe.
- Onde você está? – perguntou Alice, amedrontada por seu pesadelo.
- Em meu quarto... Por quê?
- Por nada – disfarçou.
A verdade era que, pela primeira vez estava com medo, mas aos poucos, apesar de forçar sua memória, foi esquecendo o que acabara de sonhar.
Sua nova única ligação com a mãe surgiu dias depois, quando, sem dormir, Alice colocou um filme para que assistisse até o sono chegar. Não sabia ela que a mãe também não conseguia dormir, portanto sentiu-se surpresa ao vê-la parada á sua porta.
- Posso? – Agatha, mãe dela, perguntou apontando a cabeça para a cama, onde após um "sim" respondido pela filha, se sentou.
Assistiam ao filme ambas com a cabeça apoiada sobre o ombro direito. Pode-se até dizer que piscavam quase ao mesmo tempo, afinal eram parentes e viveram toda a vida de Alice juntas.
Naquele momento, enquanto uma das mocinhas do filme berrava de susto, secretamente, ao mesmo tempo, lembravam-se de quando foram juntas ao parque de diversões. Foi o dia em que Alice, mesmo ainda pequena, pediu pela primeira vez á mãe para que pudesse ir á gigantesca montanha russa.
- Você é muito pequena para entrar nesse tipo de brinquedo! – a mãe respondera naquele dia.
Logo após o pedido, elas entraram em um simulador de montanha russa. A pequena Alice gritava, berrava e, mesmo não admitindo, escorreram lágrimas por seu rosto. Ao perceber isso, Agatha passou a mão por sua cabeça e falou:
- É de mentirinha.
No ano seguinte o pai foi junto e deixou a garotinha ir á montanha russa. Ao descer, pequena Alice vomitou, assim que deu meia dúzia de passos para longe do brinquedo.
Ano seguinte, apesar de não muito mais velha, ao descer do brinquedo, já desmontava a mesma frieza com qual o fazia hoje em dia. Naquele ano, já não era pequena Alice, já havia criado sua personalidade de rainha do bizarro. Ao descer do brinquedo naquele ano, já sabia que o parque assegurava sua segurança. Não tinha mais graça. E mesmo que o parque não fosse seguro, ela nem ligava.
Assistir á filmes de horror foi uma experiência mais ou menos parecida. Mesmo não mais sentindo medo algum, ela ainda assistia, pois era o que havia de mais próximo ao que gostaria de sentir.
A mãe também pouco se importava com os filmes de terror. Até gostava, mas não se importava de modo algum. Ficou feliz que isso, depois dos livros que lera na infância da filha, as unisse novamente.
Sentiram até mesmo certa paz ao ver o sangue que espirrara na tela da televisão, e sem que percebessem uma á outra, estavam sorrindo.
Não pararam mais, a partir daquele momento. Sempre estavam locando filmes, em silêncio, para que pudessem manter aquela ligação. Além disso, Alice precisava dos filmes, pois não conseguia dormir.
Aquele pesadelo não saia de sua cabeça. Fora muito real para ser apenas uma seqüência de imagens imaginadas por ela durante o sono.
Porém, não havia como ficar noites e mais noites sem dormir e, poucos dias depois, ela já quase dormia, com os olhos pesados. Mal sabia que a criatura de seus sonhos já estava cansada de esperar a garota dormir e que faria de tudo para encontrá-la em sono. Até mesmo atravessaria de dia.
E foi em uma monótona e fria manhã, tipicamente escolar, que Alice acabou se distraindo. O professor falava sem parar, com uma voz doce, suave, que aos poucos foi ficando indistinguível aos ouvidos da garota, até que adormecera, em meio aos colegas de estudo.
Acordou com a sala completamente vazia e escura. O estranho ser alto e encapado já a aguardava em frente ao quadro negro.
- Quem? – ela conseguiu gaguejar com muito esforço.
- Eu, minha querida, sou um ser que nunca dorme. Eu tenho o controle sobre muitas coisas. Mas não posso controlar outras muitas coisas, como o livre arbítrio.
As palavras não faziam sentido algum á Alice, que se levantou e caminhou ao fundo da sala, para afastar-se da criatura.
- Mas... O que é você?
- Eu sou...
Alice ouviu um grito ensurdecedor em seu ouvido. Acordou agitada com Jim apoiado á sua carteira, gritando, para zombá-la. Ela gritou de volta.
- VOCÊ ESTÁ LOUCO? VOCÊ SABE O QUE FEZ? SABE SE EU TENHO ALGUM PROBLEMA DE OUVIDO? SABE O QUE SOU CAPAZ DE FAZER? – berrou.
Poucos notaram, assustados com a reação de Alice, mas a urina de Jim formara uma possa sobre seus sapatos.
Alice podia não admitir, mas gostava muito que os outros sentissem medo dela. Gostava muito do silêncio, da paz. Não apenas por ser uma garota diferente.
No ano em que ela deixou de ser a pequena Alice, no ano seguinte do pai deixá-la ir á montanha russa, quando se tornou uma pessoa fria, ocorreu algo que, até o presente momento, a garota ignorava.
Tanto ela ignorava que já quase nem se lembrava, mas quando gritara dentro do simulador da montanha russa, quando vomitara após descer a de verdade, não estava sozinha com os pais. Havia mais alguém. Alice simplesmente não conseguia, não queria de maneira alguma se lembrar.
Mas ela querer ou não, não mudava o fato de sua irmã estar em todos aqueles momentos, gritando junto á ela, acariciando seus cabelos, ouvindo histórias antes de dormir uma ao lado da outra.
Alice se transformou na garota “tanto faz” após a morte da irmãzinha. Aprendeu, naquele dia negro, no hospital, com lágrimas nos olhos, que algum dia todos morrem e que Sarah estava em um lugar muito melhor.
Por isso, após aquele momento, a vida perdeu o sentido aos olhos de Alice, a qual achou que não valia a pena viver se um dia morreria como qualquer barata morre.
- O pior é que baratas vivem muito mais. – pensou alto em meio ao ônibus escolar.
Todos a olharam receosos. Ela pouco se importou, como de costume e virou-se para a janela.
As balançadas que o ônibus dava acabara por despertar mais uma vez sono na garota, que lutava para que ficasse acordada até pelo menos chegar até sua casa, onde, para ela, seria possível enfrentar seus inimigos em território conhecido.
Alice não podia imaginar que aquele território era mais conhecido por seus inimigos que por ela mesma. Seus inimigos sabiam o que havia escondido no porão. Ela não.
Não demorou muito á chegar. Desceu do ônibus e andou firmemente até sua casa. Foi cambaleante ao quarto, onde simplesmente deitou-se e adormeceu.
A casa novamente estava vazia. Ela acordou sozinha em meio á escuridão novamente. Percebeu logo que estava acompanhada quando olhou para o canto mais escuro do quarto e viu que lá estava o ser que a rodeava nos últimos tempos.
- O que é você? – perguntou grosseira.
- Vejo que você quer continuar essa conversa exatamente de onde paramos hein?
- Por que não tira esse capuz ridículo e me encara? – gritou, ainda firme.
O ser riu. Sua voz começou a se transformar e de grossa e ameaçadora passou a ser uma voz delicada e feminina.
- Eu sou a morte.
Alice congelou, perdeu a fala. Aos poucos foi se recuperando e após certo tempo conseguiu gaguejar:
- O que você quer?
- Seus serviços.
- Como?
A morte caminhou até ela, alta e exuberante, com a ponta longa de seu enorme capuz balançando ao ritimo de seu andar.
- Eu tenho controle de muitas coisas, como disse á você. Posso matar qualquer um a qualquer instante. Animais, plantas, homens, mulheres, irmãs – o ser pôde perceber que Alice ficou mais assustada quando citou a irmã. – Porém, existem certos seres do universo aos quais eu não posso estender meu manto.
A garota estava confusa. Suas pernas estavam tão bambas que acabou se sentando na beirada da cama.
- Que criaturas seriam essas? – falou, ao perceber que não seria machucada.
- Duendes, Transformadores, Demônios, Espíritos, Esfinges, Vampiros, lobisomens – começou. – Existem muitos! Não vou citar todos!
- Mas o que você quer de mim? – Alice perguntou, já temendo a resposta.
- O criador, seja ele ou não esse Deus cultuado pelos homens, como dá para perceber, gosta que em tudo, haja emoções humanas. Eu tenho emoções. Tenho medo, vergonha, receio, assim como você e muitos outros. Fui posta aqui para poder gerar um equilíbrio. Mato, pode até parecer que sou maligna, mas coloco isso tudo para funcionar.
A garota começou a ficar vermelha. Como pode a morte estar á sua frente dizendo que gera equilíbrio se a mesma retirara a vida de sua irmã, uma inocente que mal descobrira o mundo.
- Mal descobrira o que? – a criatura falou como se pudesse ouvir os pensamentos de Alice. – Você está vivinha aqui e nem quer saber de descobrir o mundo! Por que está pensando em reclamar.
É. A morte podia muito bem ouvir pensamentos.
- Foi injusto você tirar a vida dela! – ela reclamou.
- É. Então eu deveria apenas tirar a vida das pessoas más não é? Iria ser muito equilibrado, não acha?
Alice estava ficando mais corada ainda, parecia que sua face iria explodir. Explodiu. Duas lágrimas escorreram de seus olhos e desceram ao seu queixo, onde a garota as enxugou com a palma da mão direita.
- Mas por que ela? – chorou.
A criatura sentou-se ao lado dela e estendeu seu enorme braço até que sua fria mão tocasse o ombro de Alice.
- E se eu dissesse que não levei sua irmãzinha.
A garota olhou para a morte com os dois olhos arregalados, chocada com o que acabara de ouvir.
- O que? – perguntou.
- E se eu dissesse... – a morte fora interrompida.
- Mas... Eu vi ela! Eu vi ela deitada morta na cama do hospital! EU VI! – gritou.
Alice não percebera, mas a morte estava ficando irritada.
- Eu sei o que você acha que viu! – a morte respondeu grosseira.
- Eu vi! Eu não acho que vi! Eu vi! – continuou gritando.
- TA BOM! NÃO PRECISA GRITAR! EU JÁ ENTENDI O QUE VOCÊ VIU!
- Por que você está me contando isso?
- Para que você pare de ficar fazendo o drama da menina que já não liga mais para viver! – o ser encapuzado falou.
A garota ainda tentava digerir as informações. Levantou-se da cama e ficou de pé, raciocinando.
- Você não vai mais ver sua irmã.
- Por quê?
- Ela está diferente. Está trabalhando para mim também. Mesmo que a visse, não reconheceria – a morte explicou, delicada. – Esqueça sobre sua irmã. Ela está morta para você, foi por isso que eu fingi leva-la. Só que não imaginei que você fosse ficar tão chata e dramática. Levei sua irmã para que não conseguissem fazer chantagem com o nome dela á você.
Alice olhou para a morte. Respirou fundo e fez sua última pergunta antes de acordar.
- Então você quer mesmo que eu faça esses serviços á você?
A estranha criatura balançou a cabeça positivamente.
Um barulho enorme inundou o quarto onde estavam. Tudo começou a ficar branco. A garota colocou as mãos sobre os ouvidos para tentar abafar o som.
Acordou.
Andou até a janela e viu que já estava quase anoitecendo, o céu estava avermelhado com o pôr do sol.
Chorou. Não queria acreditar que tivera aquele sonho, assim como não quis se lembrar que sua irmã morrera.
- PROVE! – gritou ao nada, olhando para o céu.
De repente um pássaro despencou. Alice acompanhou sua descida com os olhos até que se espatifou no chão, do lado de fora do quarto. Estava morto.
Ela levou as duas mãos á boca para abafar um grito. Não conseguia respirar direito. Seria verdade mesmo aquele sonho? Sim. Ela não enxergava, mas a morte estava ao seu lado, contemplando a mesma paisagem pela janela.
- Eu não acredito... – deixou-se falar.
A criatura não estava brava com Alice por não querer acreditar. Entendia o que se passava na cabeça da garota sem nem precisar leu seus pensamentos.
Pode parecer impossível, mas a morte estava chorando. As lágrimas pingavam no chão enquanto a criatura fazia um barulho choroso muito parecido o de cachorros quando tristes.
Uma grossa chuva começou a descer do céu no momento que as lágrimas do ser tocaram o chão.
>>>Continua<<<
>
>
>
Bom pessoas que acompanham meu blog... Esse é um conto que iniciei a muito tempo atrás... estou postando o primeiro capítulo da saga de Alice... Espero que gostem, pois assim que der, vou continuando o texto... a imagem da capa foi eu quem fiz na aula de artes de hoje, espero que gostem ^^

10/04/2009

Tristes notícias e (in)feliz imagem


Bom, pessoal que está acompanhando o Blog... Vou ficar sem postar os contos por um tempinho...


É que estou escrevendo uma adaptação da peça teatral "O Auto da Barca do Inferno", e isso deve ficar pronto logo, para podermos ensaiar, portanto não vou poder escrever contos por algum tempo.


Mas.............................. eu tenho aulas de desenho todo sábado e não falto nenhum, então eu desenho bastante ateh... e muitos monstros... e é o que vai vir de presente nessa postagem! hehehehehe


eh um 'concept' q fiz pra colocar em meu game, mas o mesmo foi cancelado... mas a imgem ficou hehe


espero que gostem! ^^
Ah, e outra coisa... Enquanto isso tudo, eu ainda sou um menino de carne e osso, portanto jogo jogos eletrônicos, e o da vez é o famoso e premiado American McGee's Alice. Isso é uma boa notícia para quem curte os contos de fadas pois talves, os próximos que eu escrever vão estar repletos de passagens e alusões a contos-de-fadas (sem matar o estilo de horror, é claro!)
até a próxima (imagem ou história...)!

10/03/2009

Novo conto [um tanto pesado...]: Live Mensseger



Espero que gostem deste. Ele é baseado em coisas verdade-de-mentirinha, como REC, Cliverfield e Bruxa de Blair...



Existem diversas formas de se contar uma história... Vamos ver se esta agrada....






Live Mensseger




* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa, mas que legal hoje na escola! Adorei a aula de artística.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Nem me fale. Ei, vamos colocar todo mundo da classe na conversa?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ah, não sei. Vamos.

Luiz está na conversa.

RamireZ está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

Kel ;* está na conversa.

Guilherme está na conversa.

<< %%BruH%% >> está na conversa.

RamireZ diz:
Nossa! O que é isso?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi! É o bate-papo do primeiro. Boa a idéia, não é?

S2_Jêh_S2 diz:
Olá. Adorei sim a idéia!

Luiz diz:
Legal!

<\> PeKeNa iAiA diz:
É Ramirez, ficamos sabendo de você e da Raquel!

RamireZ diz:
Sabendo o que? Porque nem eu sei do que vocês estão falando!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Se faz de inocente.

Kel ;* diz:
Oi... O que foi? Quem?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Vocês pensam que enganam alguém...

<< %%BruH%% >> diz:
Como é? Como se adiciona pessoas para a conversa?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa! É muito, muito fácil!

<< %%BruH%% >> diz:
Eu sei, é que a Raquel me pediu para interromper o assunto...

Kel ;* diz:
É mentira da Bruna!

Luiz diz:
Sei que é mentira sim!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ah, sabia! Há, há, há.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Nossa!

S2_Jêh_S2 diz:
Meu Deus! Vocês estão deixando o menino com vergonha. Há, há, há.

Guilherme diz:
Nossa! O que é isso?

<< %%BruH%% >> diz:
Só agora que ele viu a conversa?

RamireZ diz:
Gente, nada a ver o que vocês estão pensando!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nada a ver é?

Guilherme diz:
Aí Ramirez, conquistador!

RamireZ diz:
Que chatice! Parem com isso!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Tudo bem, agora sério. Alguém tem mais endereços eletrônicos do pessoal da classe?

RamireZ diz:
Só vocês mesmo.

Guilherme diz:
Eu tenho o Leitão e o Pedro também.

S2_Jêh_S2 diz:
Coloca-os na conversa pra nós adicionarmos eles também.

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

@LeitauM@ está na conversa.

@LeitauM@ diz:
Oi todo mundo.

Pê ..::Delícia::.. diz:
Olá pessoal!

S2_Jêh_S2 diz:
Oi!

RamireZ diz:
Oi.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Oi!

<< %%BruH%% >> diz:
Oi!

Kel ;* diz:
Nossa! Quantos “ois”.

Luiz diz:
Deixamos a menina de mau humor. Há, há.

RamireZ diz:
Mas eu não gosto da Raquel. Eu estou gostando de outra pessoa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Como assim? Quem é?

RamireZ diz:
É da Yara.

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ramirez, coitado, ela já tem namorado.

RamireZ diz:
Coitado por quê? Que raiva desse tipo de coisa!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa, eu só estava preocupada.

RamireZ diz:
Ninguém pediu!

Luiz diz:
Ela não tem namorado não!

- - > Y α я ι ин α < - - está na conversa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Não é para colocar na conversa Joyce!

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa, gente, o clima pesou. Estou saindo.

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

@LeitauM@ diz:
Eu também estou pulando fora.

@LeitauM@ saiu da convresa.

Pê ..::Delícia::.. saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Por essa eu também não esperava.

S2_Jêh_S2 saiu da conversa.

Guilherme diz:
Nossa!

Kel ;* diz:
Meu Deus!

Guilherme saiu da conversa.

Kel ;* saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 10/3/2009 ás 22:45.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Oi.

RamireZ diz:
Oi.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Ramirez, você é o único homem que está on-line aqui no meu live mensseger.

RamireZ diz:
E daí?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Faz favor e pergunta para o Guilherme onde está o anel.

RamireZ diz:
Como assim?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Copia da nossa conversa e cola lá: Guilherme, eu não conto para ninguém, mas onde você colocou o anel da Yara?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Vai lá.

RamireZ diz:
Tudo bem, mas para que você quer saber disso.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Para nada. É para e ganhar um anel novo!

RamireZ diz:
Ele escreveu aqui que o escondeu dentro do apagador da lousa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Obrigada!

Última mensagem recebida em 11/3/2009 ás 16:01.

* Nunca forneça sua senha ou o número do cartão de crédito em uma conversa de mensagem instantânea.
*

RamireZ diz:
Yara! Você vai pagar muito caro!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
O que eu fiz?

RamireZ diz:
Eu descobri o que a aposta realmente valia! O que ele tem que eu não tenho?

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Ramirez, pare com isso!

Ramirez diz:
Você vai ver só, sua mentirosa!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
E daí que eu quero beijar ele e não quero beijar você? Eu não gosto de você!

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Você é feio demais!

Luiz está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

Kel ;* está na conversa.

Guilherme está na conversa.

- - > Y α я ι ин α < - - diz:
Porque você está colocando todo mundo na conversa?

<< %%BruH%% >> está na conversa.

<\> PeKeNa iAiA está na conversa.

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

@LeitauM@ está na conversa.

#Jhenifer>> S2 está na conversa.

RamireZ diz:
Vocês não sabiam com quem estavam mexendo! Agora vão todos pagar muito caro! Um a um. E podem ter certeza que não vou parar até ter o sangue de todos vocês em minhas mãos!

RamireZ saiu da conversa.

Kel ;* diz:
Nossa! Que horror! Ele está off-line agora?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ele ficou off sim! Nossa que medo! Agora eu estou com remorso.

- - > Y α я ι ин α < - - saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Deve ser brincadeira dele! O que será que o deixou atormentado desse jeito?

Luiz diz:
E depois eu que sou irritado!

Luiz saiu da conversa.

@LeitauM@ saiu da conversa.

#Jhenifer>> S2 diz:
Que horror! Tenho que ir agora...

#Jhenifer>> S2 saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA saiu da conversa.

Kel ;* saiu da conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa! Será que ele estava falando sério?

Guilherme diz:
Nem sei.

Pê ..::Delícia::.. diz:
Nossa! Que horror!

Pê ..::Delícia::.. saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 12/3/2009 ás 22:45.

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*

#Jhenifer>> S2 diz:
Nossa cara! Eu estou com medo! A Yara não foi à escola hoje!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Eu sei! Também fiquei pensando! Vou ligar na casa dela pra ver se ela está lá...

#Jhenifer>> S2 diz:
E então? Ela está?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Não. A mãe dela falou que está muito preocupada!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Nossa! Agora eu estou morrendo de medo!

#Jhenifer>> S2 diz:
Sério mesmo que ela não está lá?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Sério! Eu não brinco com essas coisas não!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Que horror!

#Jhenifer>> S2 diz:
Olha! O Ramirez está on-line! Vou colocar ele na conversa!

RamireZ está na conversa.

#Jhenifer>> S2 diz:
Oi?

RamireZ diz:
Estão com medo de serem as próximas?

RamireZ diz:
Eu só estou avisando! Eu vou acabar com um por um de vocês!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Pare Ramirez! Não se brinca com essas coisas!

Ramirez diz:
O sangue da Yara é bem doce! Espero que o sangue de vocês seja bem docinho também!

RamireZ saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Ai meu Deus! Acho que nem vou para a escola amanhã!

#Jhenifer>> S2 diz:
Eu também estou com bastante medo! Tenho que sair!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Até mais!

#Jhenifer>> S2 diz:
Até!

Última mensagem recebida em 13/3/2009 ás 15:41.

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*

<< %%BruH%% >> diz:
Oi, você está aí?

Kel ;* diz:
Estou sim!

<< %%BruH%% >> diz:
A Yara não foi hoje mesmo! Eu estou até com medo!

Kel ;* diz:
Nem me fale! Será que o Ramirez a matou?

<< %%BruH%% >> diz:
Não sei! Só sei que foi muito estranho ela não ter ido!

Kel ;* diz:
Você viu o que a Joyce falou? Que a Yara estava no ônibus hoje de manhã com elas?

<< %%BruH%% >> diz:
Não! Será mesmo?

Kel ;* diz:
A Joyce não iria mentir, não é?

<< %%BruH%% >> diz:
Acho que não. Estou conversando aqui com o Pedro. Ele falou que viu o Ramirez sondando a escola!

Kel ;* diz:
Como assim?

<< %%BruH%% >> diz:
Ele tá explicando aqui que aquela hora que ele foi abrir a janela, ele viu o Ramirez lá embaixo!

Kel ;* diz:
Mas ele estava com a Yara?

<< %%BruH%% >> diz:
Aqui, o Pedro falou que não conseguiu enxergar direito.

Kel ;* diz:
Vou colocar ele na conversa!

Pê ..::Delícia::.. está na conversa.

Pê ..::Delícia::.. alterou seu nome para Pedro Meneses.

Kel ;* diz:
Pedro... Explica para mim essa história que você viu o Ramirez direito!

Pedro Meneses diz:
É sério! Eu não levantei e fui à janela que falaram que estava emperrando para tentar abrir?

Kel ;* diz:
Lembro sim!

Pedro Meneses diz:
Então, eu o vi lá embaixo! Ele estava segurando um saco de lixo bem grande, mas não deu para enxergar direito!

Kel ;* diz:
Ai! Que medo!

<< %%BruH%% >> diz:
Mas o que ele estava fazendo?

Pedro Meneses diz:
Ele só estava olhando para a janela. Depois, ele começou a andar e eu não consegui ver ele mais.

Pedro Meneses diz:
A Patrícia também o viu!

<< %%BruH%% >> diz:
Você a tem no mensseger?

Pedro Meneses diz:
Tenho sim! Vou colocar ela na conversa, esperem um pouco...

Paty está na conversa.

<< %%BruH%% >> diz:
Oi Patrícia!

Paty diz:
Oi gente!

Kel ;* diz:
Oi. Patrícia, conta essa história direito, que vocês viram o Ramirez e tudo mais.

Paty diz:
Sério mesmo! O pior é que eu acho que ele estava com as mãos ensangüentadas!

Kel ;* diz:
Verdade?

Pedro Meneses diz:
Não sei. Eu pelo menos não vi isso, foi só a Patrícia.

<< %%BruH%% >> diz:
Nossa. Nem quero ver.

<< %%BruH%% >> diz:
Tenho que ir... Já adicionei você aqui Patrícia!

Paty diz:
Ah, obrigada.

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

Kel ;* diz:
Nossa... Eu também vou desligar aqui. Está chovendo muito!

Paty diz:
Até depois.

Pedro Meneses diz:
Até amanhã...

Kel ;* saiu da conversa.

Paty diz:
Pedro, eu estou morrendo de medo!

Pedro Meneses diz:
Eu também não quero encrenca não... Bom, amanhã q gente vê no que é que isso vai dar. Estou indo jantar. Até amanhã.

Paty diz:
Até.

Última mensagem recebida em 13/3/2009 ás 22:11.

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*

RamireZ diz:
Pode aguardar que logo será sua vez Raquel. Sentiu falta de alguém na classe?

RamireZ diz:
Não vai me responder?

Kel ;* diz:
Saiba que já avisei a polícia, e que você não vai mais conseguir matar mais ninguém!

RamireZ diz:
Era a vez de Jeanine hoje, mas acho que ela ficou com medo demais para ir, assim como você, a Bruna e a Jhenifer! Eu fiquei sem opções...

RamireZ diz:
Tive que abater o leitão...

Kel ;* parece estar off-line. As mensagens enviadas serão entregues quando esse contato entrar. Envie um e-mail para esse contato ao invés disso Adicione um número de celular para esse contato.

Última mensagem recebida em 14/3/2009 ás 01:21.

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*

Luiz está na conversa.

S2_Jêh_S2 está na conversa.

<< %%BruH%% >> está na conversa.

<\> PeKeNa iAiA está na conversa.

RamireZ diz:
Como estou vendo, nenhum de vocês mais vai para a escola. Vou ter que caçar um a um em terreno desconhecido, mas não pensem que esqueci de vocês!

Kel ;* diz:
Eu não entendo porque você está fazendo isso com a gente! Por quê?

RamireZ diz:
Porque vocês mexeram com a pessoa errada! Ah, e esqueci de comentar, mas estou teclando do computador do Guilherme. O sangue dele é bem doce também, mas a carne da Yara era mais saborosa.

RamireZ saiu da conversa.

Luiz diz:
Ai. Agora gelou. Eu não estou conseguindo digitar!

Kel ;* diz:
Meu Deus! Ele está matando a gente mesmo!

<\> PeKeNa iAiA diz:
Amanhã eu vou com a espingarda de meu pai para a escola! Quero só ver se ele me pega!

<< %%BruH%% >> saiu da conversa.

S2_Jêh_S2 diz:
Não Joyce! É muito arriscado ir para a escola!

Kel ;* diz:
Meu pai está conversando com a polícia.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Não!

S2_Jêh_S2 diz:
O que foi?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Liguem o noticiário! Estão falando da gente!

Kel ;* diz:
Estou sem televisão aqui. O que estão falando?

Luiz diz:
Em que canal?

<\> PeKeNa iAiA diz:
Canal oito.

Kel ;* diz:
E então? O que falaram?

S2_Jêh_S2 diz:
Que segunda feira não haverá aula por causa de ameaças aos alunos.

Luiz diz:
Nossa! Que medo! Minha mãe está me mandando sair do computador.

Luiz saiu da conversa.

<\> PeKeNa iAiA diz:
Deus do céu! Eu não consigo ficar no computador também. Estou saindo.

<\> PeKeNa iAiA saiu da conversa.

Última mensagem recebida em 15/3/2009 ás 23:55.

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Kel ;* diz:
Ai Jeanine! Eu não estou conseguindo falar com a Bruna!

S2_Jêh_S2 diz:
Sério? Você bloqueou o Ramirez também?

Kel ;* diz:
Bloqueei sim!

S2_Jêh_S2 diz:
A casa da Joyce não está atendendo!

Kel ;* diz:
Olha o jornal! Meu pai acabou de ver aqui! Encontraram os corpos perdurados em uma das árvores da escola!

S2_Jêh_S2 diz:
Não acredito!

Kel ;* diz:
O celular da Bruna não atende também! Eu não lembro o celular da mãe dela de cor!

S2_Jêh_S2 diz:
Ai meu Deus! Não tem mais ninguém da nossa classe on-line! Ou eu vi errado aqui?

Kel ;* diz:
Não tem mesmo! Espera um pouco. Ouvi um barulho aqui. Acho que é a televisão. Estou indo desligar ela.

S2_Jêh_S2 diz:
Tudo bem.

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel?

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel? Você está on-line ainda?

S2_Jêh_S2 diz:
Raquel me responde! Não fique me assustando!

Kel ;* diz:
Oi Jeanine. Já está chegando sua vez. Pena que Raquel não pode mais digitar para você passar o tempo enquanto eu chego aí.

Kel ;* parece estar off-line. As mensagens enviadas serão entregues quando esse contato entrar. Envie um e-mail para esse contato ao invés disso Adicione um número de celular para esse contato.

Última mensagem recebida em 16/3/2009 ás 22:58.








Bom... espero que assute pelo menos alguém... hehehehe

04/03/2009

Novo conto [um tanto Trash]: Ônibus

Escrevi esse aki baseado em alguns acontecimentos q aconteceram comigo... e com a Raquel, a Bruna e a Jeanine, ou seja, os nomes não são fictícios! A não ser o de alguns dos meninos...

Está bem trash... espero que curtam...



Ônibus



Desciam para o ponto de ônibus todos animados. Estudavam na mesma classe e se conheciam a pouquíssimo tempo, pois o ano letivo apenas começara, porém alguns vinham da mesma escola. Poucos dias atrás ainda eram tímidos uns com os outros, mas a vivência da mesma fase de vida fizera com que uns compreendessem os outros rapidamente.
- Je-A-Ni-Ne! – um dos garotos, Eduardo, gritou, aos risos, por como o nome soava engraçado quando dito daquela maneira.
Jeanine também riu, sendo seguida pelas outras meninas que a estavam acompanhando.
- Nossa! Esses caras nem tem mais o que inventar – Raquel falou, gargalhando.
- Ra-Que-El... – ele gritou de volta.
- Nem teve graça! É mais engraçado com o nome da Jeanine! – Ramirez, outro garoto que estava indo até o ponto de ônibus disse.
- É verdade! – Raquel concordou.
- Há, há! Pergunta pro Ramirez se ele gosta de homem ou de mulher... Olha só a resposta que ele dá... – Danilo riu, lembrando-se do outro dia, quando perguntara isso.
Ramirez fez um sinal negativo com a cabeça olhando para baixo enquanto ria.
- Então tá... Ramirez, você gosta de homem ou de mulher? – Eduardo perguntou, como o outro garoto sugerira.
Ficaram esperando pela resposta, pois ele não conseguia falar, tentando segurar o riso. Por fim, após se acalmar um pouco, falou:
- Porque não vem descobrir? – após dizer, caiu na gargalhada, assim como todos os outros.
- Ai! Ramirez, meu amor! – os garotos gritaram.
O menino nem ligou. Apenas se divertia, tentando ao máximo esquecer-se do dia letivo.
Após isso, o grupo se dividiu. Metade seguiu para um ponto de um dos lados da avenida e o outro ficou aguardando ao movimento da rua, para que pudessem chegar ao outro.
- Até amanhã – Danilo e Eduardo se despediram, quase em coro.
- Até – alguns dos outros disseram, atravessando rapidamente a avenida.
- Ai gente, acho que não vou pegar o mesmo ônibus que vocês não... Ele para muito longe da minha casa. – Jennifer disse, enquanto esperavam pelo sinal dos carros se fechar para que os pedestres pudessem passar.
- Que ônibus você vai pegar então? – Ramirez questionou.
- O mesmo da Joyce... – a garota respondeu.
Ramirez deu risada.
- Então vai ter que esperar por mais uma hora... – concluiu.
Após algum tempo esperando que os carros parassem, a turma atravessou. Já havia muitas pessoas lá no ponto de ônibus, algumas da própria classe deles.
Não ficaram muito tempo esperando, jogando conversa fora, antes que outra parte da classe chegasse, também nos risos.
- Oi Raquel, meu amor! – Pedro chegou, tentando abraçar a garota.
- Ah, sai fora! – a menina disse, risonha, empurrando-o com as duas mãos e tentando se esconder do beijo que ele se retesava a dar.
Enquanto isso, Fabrício agarrara o pequeno casaco rosa de Raquel e o começara a vestir, fazendo com que todos gargalhassem.
- Ai Ramirez! Eu não agüento essas coisas! – Bruna riu, já com as bochechas doloridas de tanto gargalhar pelo caminho.
Assim que o garoto olhou para o outro, com a blusa de frio pequena, apertada e rosada, tampou a boca com uma das mãos tentando abafar a alta gargalhada.
- Não! Espere aí que vou tirar uma foto disso! – conseguiu pronunciar, em meio ás gargalhadas.
Ele retirou seu aparelho celular do bolso e tirou uma foto, no apertar de alguns botões, enquanto Fabrício fazia uma pose fotográfica feminina. Logo, ele começou a tirar a blusa novamente, para devolvê-la a Raquel.
- Não! Põe de novo! – Ramirez falou, de repente. – Tava sem memória. Põe de novo pra eu tirar a foto – explicou.
- Eu não vou por de novo – o garoto riu.
- Raquel... Você trabalha na feira? – ouvia-se Pedro, ao fundo.
- Como? – ela respondeu, confusa.
- Porque você é um chuchuzinho – disse, caindo na gargalhada. – Olha que cantada profissional hein!
Todos riram. Raquel estendeu a mão que não estava segurando seu fichário sobre a testa, balançando leve e negativamente a cabeça enquanto ria.
Um ônibus chegou. Pedro e Fabrício entraram nele e foram embora, assim com mais diversas pessoas do ponto, esvaziando o banco. Onde Ramirez, Raquel, Jeanine, Bruna e Jennifer, os que restaram esperando, se sentaram.
- Nossa. Tomara que a Joyce chegue logo. Não quero ficar esperando o ônibus aqui sozinha. – Jennifer falou.
- Olha ela vindo – Bruna apontou.
Joyce estava atravessando a avenida, indo até eles.
- Ainda bem. Não gosto de ficar sozinha.
- Jennifer, hoje você vai ficar em sua casa? – Jeanine perguntou.
- Não, vou passar no Carlos Silva.
- Passar em quem? – Ramirez perguntou.
- Na minha antiga escola. – explicou.
- Ah, entendi.
Raquel soltou um risinho.
- Lá vem confusão pra gente!
- Por quê? – o garoto tornou a questionar.
- Sempre que essa fala que vai lá pro Carlos Silva, alguma coisa ruim acontece. – ela explicou, fazendo as outras três rirem.
- Oi gente! – Joyce cumprimentou, sentando-se no banco também.
- Mas, como assim? Algo ruim acontece? – ele interrogou, ainda confuso.
- Lembra aquele dia do homem com a cara toda tatuada? – Ramirez fez um sinal positivo com a cabeça. – Ela teve que ir lá. Nas férias também aconteceu isso. A gente combinou de ir pro shopping center e ela falou que ia lá pra escola. Entrou um mendigo no ônibus, fedido. Tudo ficou cheirando bosta. Sério mesmo! – Raquel contou.
- Ai, credo gente! – Joyce comentou.
- O duro é que é verdade! – Bruna riu.
- É a maldição da Jennifer na escola do além! – Ramirez falou, com uma voz fantasmagórica.
- Ai Ramirez, pare! – Jennifer reclamou, aos risos, dando-lhe um tapinha no ombro.
- Que homem com cara tatuada? – foi a vez de Joyce perguntar.
- Essa eu conto! – o garoto exclamou. – Sabe o dia que eu levei a máscara que a gente fez pro carnaval embora?
- Sei, semana passada – Joyce confirmou.
- A gente entrou no ônibus. A Jennifer tava junto com nós nesse dia. Sentamos todos nos bancos do corredor, sabe? Cada um com uma pessoa estranha. Justo a Raquel sentou com esse homem aí com o rosto inteirinho tatuado. Aí a Jeanine cochichou para a gente, “esse aí nem precisa usar máscara” – nesse momento Joyce começou a rir. – Não! Joyce, você não tem noção! O cara devia ter uns oitenta anos!
- Ramirez, não exagere! Eram uns sessenta anos – Jeanine explicou, aos risos.
- Não. Mas o duro é que a Bruna não conseguiu segurar o riso. Ela olhou pro homem, segurando a respiração e depois e depois quase caiu na risada – Ramirez continuou contando, imitando a reação da garota e provocando riso nas meninas. – Aí o homem ficou olhando pra gente de canto de olho com uma cara de mau! A Jeanine que sabe fazer...
Jeanine abaixou a cabeça e começou a olhar para eles com o canto do olho, ameaçadoramente, séria.
- Olha lá! O nosso ônibus chegou.
Os quatro se levantaram e Ramirez estendeu o braço, sinalizando para que o veículo parasse. Assim que o mesmo o fez, entraram. Jeanine e Bruna entraram, mas quando Raquel ia usar o cartão de passes na máquina que permitia que passasse pela roleta, o objeto caiu ao chão e ela abaixou-se pega-lo. Enquanto estava abaixada, Ramirez olhou disfarçadamente para ela e riu quando percebeu que as outras duas o estavam olhando. Elas também riram.
Assim que recolheu o pequeno cartão, Raquel o usou e a máquina reconheceu, deixando-a passar.
Era vez do garoto e ele aproveitou e fez uma piadinha após ter seu cartão reconhecido e estar passando.
- Se eu entalar aqui vocês devem de ajudar hein! – falou.
Entraram e se sentaram, Ramirez e Raquel juntos e as outras duas na dupla de bancos logo atrás.
O veículo não anda por muito tempo até que se ouve um espirro bem alto alguns bancos mais para o fundo. Jeanine mão consegue segurar o riso, sendo seguida pelos outros. Todas as outras pessoas estavam emudecidas.
- Tá rindo do que hein? – uma voz feminina pronunciou grosseiramente.
Jeanine e Bruna olharam para ela, enquanto os outros dois apenas espiaram pelo canto dos olhos.
- Tá olhando o que? Caralho! – a estranha mulher voltou a dizer, desafiadoramente.
Ramirez levou as duas mãos á boca, tentando desesperadamente abafar um riso alto que estava por vir. Ficaram calados.
- O que foi hein? Cacete! Ficaram com medo agora?
- Medo nenhum não. De você? – Jeanine respondeu.
- Jeanine! – Bruna falou, chamando a atenção da garota.
Ramirez trocou olhares sérios com as garotas.
- Mexeu e não correu o pau comeu! – ela tornou a falar, em tom de zombaria.
E estranha mulher levantou-se e puxou a pequena corda que tocava um pequeno alarme, avisando ao motorista que alguém desceria ao próximo ponto.
- A retardada vai passar o cartão e quase cai e o gordinho quase fica entalado. – falou, indo em direção á porta de saída.
- Amanhã esse bando de idiotas vai ver só. Acho bom nem pegarem o ônibus desse horário, porque se pegarem o pau vai comer – outra voz feminina de mesmo tom agressivo disparou.
Desceram. Quando o quarteto olhou pela janela, viram três moças jovens mal vestidas rindo histericamente e acenando com o dedo do meio levantado para eles.
Quando o ônibus tornou-se a mover, os comentários entre eles começaram.
- Credo! – Jeanine iniciou, arregalando os olhos.
- Nossa! É cada coisa que acontece nesse ônibus! – Bruna falou.
- Não! Mas vocês ouviram? Elas acharam que eu caí e não que eu abaixei para pegar o cartão – Raquel lembrou.
Ramirez gargalhou:
- Pior! O que foi que ela falou? Escreveu e não leu o pau comeu?
Todos riram.
- Sei lá... Será que foi isso mesmo? – Raquel questionou, aos risos.
- Queria só ver ela contra nós quatro – Jeanine falou.
- Não era só ela não! Eram três mulheres! – Bruna corrigiu.
- Verdade? – a garota perguntou, confusa.
- É sim. Eu ia é ficar assistindo a briga, rindo! – Raquel disse, risonha.
- Eu também! – a outra confirmou.
- Eu ia ajudar você Jeanine, não se preocupe – Ramirez disse, ainda rindo.
- É isso aí Ramirez! A gente ia acabar com aquelas piranhas! – Jeanine zombou, erguendo o punho fechado no nível de seus olhos.
Raquel abaixou o tom de sua voz, olhou séria para o grupo e falou:
- Gente, e se elas estiverem no ônibus amanhã? Elas não pegam todo dia nesse horário?
- Raquel, sua boba, elas estavam só tirando uma com a nossa cara – Ramirez disse.
- É nada, a mulher falou séria! – a garota tornou a falar.
- Não... Mas na hora que ela falou, a primeira coisa que eu pensei foi que se ela fosse descer no mesmo ponto que eu, eu ia ficar e descer no ponto da Bruna! – Jeanine comentou.
- Isso é só quando o Ramirez está no ônibus! – Bruna riu.
- E quando a Jennifer fala que vai pro Carlos Silva – Raquel completou.
- Hoje, na sessão da noite, o quarteto sinistro e o ônibus da morte! – Ramirez disse, satirizando as propagandas da televisão. – Filme inédito! – completou.
- Verdade! Podiam fazer um filme com as aventuras que a gente passa nesse ônibus – Jeanine falou.
- Já pensaram elas são loucas e estavam armadas? – o garoto ri.
- Se elas vierem pra cima a gente já tem defesa. – Jeanine diz.
- Qual? – Ramirez pergunta.
A garota, em meio aos risos, explica:
- A gente grita pro motorista: “Para o ônibus!”, sai correndo pela porta e pula.
- Melhor, a gente pula pela janela de saída de segurança – Bruna complementa, gargalhando.
- Vocês têm certeza que todas desceram? – o garoto questionou.
- Acho que sim. Já pensou? A gente aqui tacando a boca e elas ouvindo tudo? – Jeanine respondeu.
- É cada coisa que acontece com a gente! – Raquel diz, dando uma leve risada.
Após algum tempo, com diversos outros comentários sobre o ocorrido, Ramirez levantou-se e puxou a pequena corda.
- Vou descer agora. Até amanhã meninas! – ele se despede.
- Até amanhã Ramirez – falam todas ao mesmo tempo, logo após rindo da coincidência.

- Joyce, você perdeu ontem! Tinham umas barraqueiras no ônibus ontem! – o garoto contou, rindo. – Pergunte pra Jeanine. Como foi que ela falou mesmo? Escreveu e não correu, o pau comeu?
Todos riam da situação contada, dentro da sala de aulas, antes das aulas começarem.
- Verdade! Foi escreveu e não leu, o pau comeu, eu acho – a garota corrigiu.
Joyce, sentada em cima de umas das carteiras, gargalhava, enquanto Patrícia fitava-os boquiaberta.
- Hoje então, vou pegar o ônibus com vocês! Adoro barraco! – falou.
Nesse momento entram na sala Raquel, Bruna e Jennifer. Ramirez e Jeanine trocam olhares risonhos com as garotas.
- Eu não acredito que eu perdi tudo ontem! – Jennifer diz, sorridente.
Estavam no meio da aula de português e a professora passava um conteúdo na lousa. Os alunos conversavam entre si enquanto, aos poucos, copiavam, assim como a professora permitira e logo chegaria o intervalo.
Ramirez, sentado á frente de Raquel, vira-se e olha seriamente para ela, que para de copiar as palavras do quadro negro.
- Sabe, Raquel, Desde que eu olhei para cada um dos meus novos colegas, no primeiro dia de aula, assim que olhei para você... – fora sufocado por seus batimentos cardíacos. – O que eu quero dizer é que...
- Ai meu Deus... – a garota disse, de olhos arregalados, assustada.
- O que eu quero dizer é que eu...
- Não, por favor! – ela o interrompe. – Não peça o que eu acho que você vai pedir.
- Tudo bem, eu não falo, mas você sabe o que eu ia pedir – ele responde.
O sinal que adverte aos alunos que podem deixar suas salas para vinte minutos de descanso soa. Sem olhar para mais ninguém, o garoto levanta-se e sai apressado da sala. Bruna acompanha-o com os olhos e repara que algo de estranho acabara de ocorrer.
- Raquel, o que foi que aconteceu? – pergunta.
- Ele pediu para ficar comigo.
Bruna chocou-se com as palavras que acabaram de sair dos lábios de sua amiga. Ao observar as duas, Jeanine começou a prestar atenção ao que falavam.
- Sério, ele falou que ele olhou pra todo mundo na sala de aula e quando ele ia falar o que aconteceu quando olhou pra mim eu interrompi ele. Aí eu falei assim que não era pra ele falar o que eu pensava q ele ia falar – contou.
- E o que ele respondeu? – Bruna questionou, curiosa.
- Que ele não ia falar, mas que eu sei o que ele queria dizer. Depois disso tocou o sinal e ele saiu – falou, séria.
- Você vai ficar com ele? – Jeanine pergunta.

Mais duas aulas e todos deixavam a escola, o pequeno grupo dirigia-se ao ponto de ônibus, como de costume, porém dessa vez, Ramirez estava um pouco mais calado e menos brincalhão.
- Ramirez, meu amor! – os garotos brincaram.
- É, com certeza – ele respondeu, carrancudo e desanimado.
As meninas trocaram olhares.
- Ih! O que será que aconteceu? – Eduardo perguntou, aos risos.
O garoto sorriu falsamente e disse:
- Nada.
Despediram-se. Os garotos ficaram para pegar o ônibus no ponto de um lado da avenida e os outros a atravessaram para pegar o ônibus do outro lado.
Após chegarem, Raquel dá um risinho nervoso e diz:
- Ai, e se elas estiverem no ônibus.
Todos riram, inclusive Ramirez, que logo após, falou:
- Não acredito... Você foi dormir pensando nisso?
- Ah, eu fui – ela respondeu.
Tornaram a rir.
- Ramirez, sobre seu pedido na sala de aula...
O garoto já esperava a resposta. Já previra o que podia ser pelas feições desanimadas da garota.
- Vamos fazer o seguinte – ele começou. – Vamos fingir que nada aconteceu?
- É. É melhor mesmo – Raquel conclui.
- Gente! Aquela professora é louca! – Jennifer iniciou, mudando o assunto.
- Nossa! Nem fale – Jeanine riu.
- Vocês viram o que ela falou para mim? Para euzinha? – continuou.
- Não. Só vi a briga dela com o Luís – Ramirez respondeu.
- Ela foi olhar meu trabalho e começou a riscar. Riscar mesmo sabe? E ela ia falando assim, que ela nem ia ler porque já sabia que estava tudo errado!
Um dos meninos do segundo ano que estava aguardando por seu ônibus, ouvira a conversa e resolveu falar:
- Não... Ela tava ao tirando com a cara de vocês – contou.
- Como assim? – Jennifer questionou, com feições muito confusas.
- Ela faz isso com os novatos, mas é só de brincadeira. Ela nem anota os negativos todos que ela diz que anota – explicou. – Ela já chegou a falar que ia dar negativo pra alguém que estava torto na cadeira?
- Sim. Se a gente respira, ela dá um ponto negativo na nota! – Ramirez contou.
- Então, essas coisas são todas porque nós pedimos.
- Nós? – Jeanine pergunta.
- É. Nós do segundo ano! Ela chegou a pedir um desenho sobre química pra vocês?
- Ela pediu, e disse que ia tirar um ponto da Bruna porque ela não tinha gostado do desenho – Raquel disse.
O garoto caiu na gargalhada. Assim que se acalmou, contou:
- Não acredito que ela fez mesmo isso!
- Nossa! Não acredito que era pegadinha o desenho! – Bruna falou, rindo e balançando a cabeça negativamente.
O ônibus que iria pegar apareceu, descendo a avenida. Jeanine fez sinal para que o mesmo parasse.
- Nós já vamos – Ramirez falou. – Até mais!
- Até! – o garoto se despediu, observando o grupo entrar no veículo.
- Tchau Jennifer – o grupo se despediu quase que em couro.
Raquel fora a última a entrar, seu corpo congelou após passar pela roleta e observar quem os fitava, ao fundo.
- Não fica encarando! – Ramirez cochichou.
Sentaram-se nos mesmos lugares do dia anterior, todos com feições sérias, preocupados.
- Nossa! Eu não esperava por isso! – Jeanine falou, quase que em um sussurro.
As três estranhas do dia anterior estavam ao fundo do ônibus, uma delas usando uma blusa de frio verde cuja toca escondia os olhos, mostrando apenas sua boca, contorcida em um sorriso maléfico. Uma das outras duas usava uma blusa listrada em preto e branco, com uma mochila toda arrebentada ao colo.
- Nossa! Eu vou ligar meu celular para já ficar preparado! – Ramirez diz, soltando um risinho afobado e nervoso. – Qual é o número da polícia mesmo? Um novo e zero?
Ai Ramirez, deixa de bobagem! – Jeanine riu, com o tom de voz bem baixo. – Elas não podem fazer nada com toda essa gente olhando!
Um riso histérico cortou o ônibus, sendo apenas abafado pelo barulho do motor.
- Gente, meu coração tá disparado! – Bruna admitiu.
Raquel passou a mão pelo rosto, afastando um pouco seus cabelos, enquanto dizia:
- Nem fale! Estou com frio na barriga de medo! – cochichou.
- O que as biscates estão fofocando aí na frente? – a grosseira voz pronunciada pela mulher com a blusa de frio verde pronunciou, ríspida e grosseiramente. – Posso saber?
- Biscate é a senhora sua mãe! – Jeanine respondeu, da mesma maneira em que a mulher havia falado.
- Então a putinha vai querer comprar briga mesmo com a gente? Você não sabe onde tá se metendo, ô guriazinha! Trata de calar essa sua boca!
- Jeanine não fale nada! – Ramirez falou, assustado coma reação da garota, assim como as outras meninas.
- Então o gordinho covarde não vai defender a puta? – a estranha questionou, desafiadoramente. Ramirez ouviu um comentário baixo de um dos outros passageiros:
- Nossa! O que é isso?
- Prefiro ser um gordinho covarde que ser igual a você!
- Ai Ramirez, não piora as coisas! – Raquel falou, preocupada, com as mãos trêmulas pelo medo.
A mulher levantou-se e começou a andar na direção do grupo, onde todos estavam sérios. O motorista, sem tirar os olhos da estrada advertiu:
- Por favor, moça, acho melhor você se sentar! Senão serei obrigado a retirá-la do ônibus!
Ela o ignorou e continuou sua lenta caminhada.
- Ai meu Deus! – Bruna exclamou, nervosa.
Assim que alcançou o grupo, a estranha, de pé, segurando-se em uma das barras verticais do veículo, falou:
- Vocês se meteram com gente perigosa! Eu avisei que não era pra vocês pegarem o ônibus desse horário!
Assim essas palavras pronunciadas de modo grosseiro, a mulher retirou do interior de sua blusa um enorme canivete amarelo e com o polegar, ergueu sua lâmina. As duas outras se levantaram e correram ao lado dela, cada uma com um objeto similar á mão. A de listras com uma faca de cortar carne e a última com outro canivete.
O pânico tomou conta dos quatro. Raquel levou as mãos á boca, abafando uma exclamação. Todos estavam com os olhos arregalados e de corações acelerados.
De repente o ônibus freou. O equilíbrio das três estranhas fora atormentado pelo balanço brusco que o veículo fez.
Aproveitando-se disso, Ramirez agarrou o pesado livro de geografia que Raquel carregava ao colo, levantou-se e golpeou fortemente as três mulheres á face. A de blusa de frio verde, que fora a primeira a levar a pancada, caiu ao chão.
As três garotas e mais alguns dos passageiros gritaram. Dois fortes homens e o motorista puseram-se em pé para ajudar o garoto, cuja respiração estava fortíssima, de medo.
Um barulho ensurdecedor cortou o ar, assustando á todos. Ramirez deixou escapar um berro e fechou os olhos com o clarão que cortou o ambiente. Outro barulho similar.
O cheiro de pólvora queimada invadiu todo o local. Os dois homens estavam ao chão, ensangüentados, baleados.
Ao visualizar a cena, todos ficaram agitados. O motorista, rapidamente, voltou atrás, tentando apertar o botão que abriria as portas. Outro tiro foi ouvido.
- Carolaine – a mulher ao chão chamou, levantando-se. – Assuma o busão.
A estranha com o segundo canivete á mão pulou a roleta e ligou os motores. O veículo entrou em movimento.
- Me passe o revólver! – já em pé, a jovem de blusa verde pediu.
A outra obedeceu e entregou o objeto que usara para atirar nas três pessoas para ela.
Ramirez tornou a se sentar, abraçando Raquel fortemente, que chorava em desespero.
- Não se preocupe, vai dar tudo certo! – cochichou. – Eu estou ligando para a polícia e deixando o celular aqui do seu lado – explicou, deixando o objeto escorregar ao lado da coxa da garota. – Eu vou distraí-las enquanto você chama os policiais.
Assim que o disse, levantou-se bruscamente e jogou-se sobre a mulher armada. Assim que caíram ao chão, ele fechou os punhos e começou a socá-la no rosto. O nariz dela já estava sangrando quando ele sentiu uma enorme dor nos ombros.
A estranha de blusa listrada o atacara, porém errara o golpe por causa do movimento do veículo.
- Carolaine, porra! Eu não tô conseguindo acertar ele! – gritou.
Ignorando o sangue que escorria de seu braço, o garoto continuou com os golpes, até que conseguiu desmaia-la.
Jeanine, tomada por uma onda de pânico, levantou-se e agarrou a outra pelos cabelos, que tentava acerta-la com o estilete, desesperadamente, aos berros.
Raquel conversava discretamente ao celular enquanto Bruna chorava com a mão cobrindo os olhos.
- Ai caralho! – Carolaine exclamou, ao volante, quanto Ramirez tomava a arma das mãos da Jovem desfalecida. – Acerta ela Fernanda!
Com o balançar do ônibus, a mulher caiu, e Jeanine deu com as costas ao chão. Sem raciocinar, a estranha agarrou a arma da mão de Ramirez e ambos começaram a disputar pelo objeto, ele puxando-o fortemente e ela tentando puxar o gatilho.
Outro tiro fora ouvido. Fernanda acertara a mulher que estava a dirigir o veiculo. Que bruscamente virou, em capote. Pouco antes de desmaiar com a enorme pancada que levara, Raquel pôde ouvir e sentir diversas outras batidas, o que presumiu que fossem os carros com que o ônibus acidentara.

O barulho das ambulâncias, das viaturas policiais e do corpo de bombeiros despertara a garota, que sentia um amargo gosto de sangue em sua boca.
Tentou se levantar, mas a dor que sentia em sua perna era grande demais para que o fizesse.
- Tem... Tem alguém aí? Ma ajuda! – murmurou.
Ela pôde observar que os assentos estavam ao teto. O ônibus estava de ponta-cabeça.
- Raquel? – ouviu Ramirez dizer.
- Ramirez? Cadê você?
Ele foi andando vagarosamente em na direção da garota, desviando-se de diversos cadáveres que se encontravam por todo o local.
- Raquel! Você está viva! – ele comemorou, aos choros.
- Tem mais alguém vivo? A Jeanine? A Bruna? – Raquel perguntou, deixando escapar lágrimas de dor.
- Só tem um homem junto com a gente. Os bombeiros já estão chegando!
Ela tentou se mover novamente, olhou para sua perna e viu que algum estilhaço do vidro das janelas a cortara. De repente ela iniciou um terrível e triste choro, de luto, no qual Ramirez a acompanhou.
Ela a abraçou cuidadosamente. Seus lábios começaram a se aproximar. Iniciaram um rápido e triste beijo consolador.
- Não acredito que vocês ainda estão vivos! – ouviram a estranha voz grosseira.
Os dois entraram em desespero. Ramirez agarrou o braço de Raquel, ajudando-a a se levantar. Um grito dolorido cortou o silêncio que havia lá dentro.
O garoto jogou o braço dela por cima de seu ombro e ambos começaram a fugir da estranha mulher, que mancava em sua direção.
- Deixe a gente em paz! – o rapaz conseguiu gritar, em meio ao choro.
- Não! Já que vou pro inferno e estou levando todas essas pessoas, faço questão de levar vocês junto.
Ambos caíram.
- Fique longe! – gritou novamente.
Histericamente a mulher, toda ensangüentada, pulou sobre o garoto, que se pôs na frente de Raquel, protegendo-a.
Ela tentava apunhala-lo com a faca de cozinha forçando-a na direção de seu rosto com ambas as mãos e ele defendia-se segurando os pulsos dela. Em um forte berro ele conseguiu empurra-la, mas ela tornou a atacá-lo, cortando sua perna do joelho ao tornozelo.
Aos berros, o garoto tentava parar o sangramento com ambas as mãos.
- Você é doente! Fique longe de mim! – ele gritou ao vê-la se aproximando novamente.
Novamente, um tiro foi ouvido. Ramirez gritou, assustado. O cadáver da mulher tombou ao chão, revelando ao garoto a assustada figura de Raquel, com o revólver empunhado mirando o local onde a estranha estava, com as mãos trêmulas.
Ele afastou o corpo e foi se rastejando até a garota, que caiu no pranto, abaixando a arma. A abraçou.
- Ei! Tem alguém aí? – ouviram uma confortante voz.
- Tem! Três pessoas! – Ramirez conseguiu informar, em meio ao choro. – Um deles está desmaiado.
- Já estamos trabalhando para tirar vocês daí, não se preocupem.Ouviram um baque em uma das portas e logo um grupo de bombeiros entrou.



Fim?...

Bom, espero que gostem, ainda mais as meninas... q tavam cmg no busão qdo as barrakeras fizeram escandalo... XD
Até o próximo conto...

18/02/2009

O terror dos Palhaços






Carnaval chegou... Eu pretendia fazer algum conto disso... mas enquanto isso não é possível, vai um pouco de cultura aí:



Porque são os palhaços alvos de tantos filmes de horror? Tantas histórias de horror?


Porque algumas crianças (como eu, naquela idade) não gostam de palhaços?




Bom... Ter uma mãe psicóloga me ajudou um pouco a responder essas perguntas...




Segundo ela, os palhaços estão lá sorrindo na maior alegria e tudo mais, porém... Não mostram seu real interior. É por isso o terror de palhaços, é por isso que esse assunto é tão mechido, pois ele é fácil de desenvolver e gerar terror em cima disso, afinal: O que se esconde atrás daquela pintura em cima daquele sorriso?




Alguns encontraram a resposta que queriam:


hehehe


Bom, mas isso é uma definição de leigo. Eu não sou especialista nisso, só sei que palhaços são arrepiantes pronto e acabou.


Bom, já dá pra ver que alguma coisa beeem especial vai ser postada no carnaval hehehe...


mas enquanto isso não é possível... que tal curtir um joguinho bem trash?




Hum... Defenda-se dos palhaços assassinos.

Uma missão terrível hehehehehehe.


Aguardem novidades...


Há... Imagem/Prévia


Opa! Opa!
Nada oficial ainda... Apenas uma imagem pra dar água na boca....
Com uma frase de efeito que tem a ver com o texto que até agora já foi feito. E com as idéias, é claro!

17/02/2009

Porque...

Porque uma postagem tripla em um só dia? Com contos antiguíssimos ainda (quinta série o meu junto com a IaIá... e o outro do ano passado...)??

Os contos velhos tem uma explicação: Não tem como eu postar contos novos... se estou escrevendo um para publicação... pois é... O começo dele tha postado na comunidade de histórias de terror só como uma prévia, porém sou louco pra publicar alguma coisa, então esse não será completamente disponibilizado na net...

O Canto da Sereia está por vir!
E antes que a Joyce me chingue "Ain! mais um interminadooo... Vc soh começaaa"... Eu vou dizer já aqui que a encomenda dela está feita sim... e que ela terá uma participação muito especial na minha história (Como algum leitor deve ter percebido... uso os meus colegas de personagens...)

E pra quem está chegando agora... Como esse post vai ficar no topo... vou recomendar dois dos meus contos:

A Casa
&
A Porta Trancada...

São os que mais me agradam...

Adorei o icentivo que o pessoal da nova escola está me dando! Muito obrigado!
Isso quer dizer que vou procurar atualizar bastante meu blog ^^ !

Bem-Vindo ao Cemitério da Morte

A Joyce não ia esperar que eu encontrasse esse texto velho que a gente escreveu mas eu encontrei... Tinha esquecido que postei ele numa comu de contos... e Pra quem acha que minha colega não tem dons escritícios (num achei outra palavra... hehehe), aí vai o conto que prova que eu e ela tirávamos 10 qdo a professora pedia contos:

Eu estava em frente ao cemitério, era uma sexta feira, 13 de agosto, á meia noite.Uma leve brisa tocou-me o rosto, fazendo meus longos e dourados cachos dançarem ao som de uma coruja.
Estava aguardando meu amigo Cris. Sempre tive certo interesse por esse garoto e a melhor oportunidade de conhecê-lo, sem seus amigos e minhas amigas azucrinando, chegara: Investigar o cemitério Graveyard para saber se realmente ele era mal assombrado.
Acredito que não vá apenas para me ver. Seus amigos o apelidaram de coração-de-galinha, pois ele nunca os acompanhou em acampamentos ou em investigações de casas mal assombradas. Acho que ele veio, na verdade, para provar sua coragem.
Me distraí tanto em meus pensamentos que nem o notei chegar e quando percebi, Cris já estava ao meu lado.
- Alice... – nesse momento quase pulei de susto, minha barriga congelou como se eu engolisse um iceberg.
- Oi?!
- Vamos? – ele apressou se retesando para pular o muro.
Fiz apoio com as mãos para que pulasse, mas antes resolvi perguntar-lhe o motivo de ter vindo ao cemitério.
- Por que você veio? – gaguejei – Digo... Estou curiosa... É para provar algo aos seus amigos... Enfim, por quê?
Ele coçou a cabeça.
- É que li um “negócio” na internet e resolvi conferir. Mas... E você?
Não podia contar pra ele que só tinha ido para vê-lo. Tive de inventar uma desculpa.
- É que estou evitando ficar em casa. Detestei meu novo padastro, não suporto trombar com ele nos corredores.
Voltei a fazer apoio com as mãos e ele subiu, vagarosamente, tomando cuidado com os arames farpados que estavam acima do muro. Assim que Cris chegou lá em cima, me ajudou a subir também.
Logo, estávamos dentro do cemitério. Cris abriu sua mochila e tirou dela duas lanternas, me entregando uma delas.
- Temos que procurar pela lápide de Helen Groove. – ele disse sério.
Eu apenas concordei com a cabeça e comecei a olhar as extensas fileiras de túmulos. Foi quando começou a chover.
Fiquei com muita raiva, pois minha mochila ficaria toda molhada, mas a raiva passou em um instante, no mesmo instante em que ouvi um barulho de passos atrás de mim.
Olhei por cima de meus ombros, mas não vi nada. Um vento gélido cercou meu corpo molhado e me fez sentir um arrepio.
- Cris? – disse esperançosa.
Nenhum som. Nada. Um forte cheiro de terra molhada encheu minhas narinas.
- Achei! – Cris gritou ao longe. – Achei Alice!
Comecei a correr em direção ao som de sua voz, mas o barulho me fez parar novamente. Virei-me e apontei a lanterna para algumas lápides logo á minha frente. Alguma coisa se mexeu. Fui à direção ao tumulo onde houvera o movimento.

“Colin Groove – amado esposo e pai.”

Eram as inscrições na lápide.
O barulho repetiu-se. Me aproximei ainda mais. Alguém se levantou, uma pessoa muito alta, alta demais para ser humana. Sai correndo.
- CRIS? CRIS?! – eu gritava sem parar.
Vi que meu amigo não estava tão longe. Tropecei em uma pedra e cai de costas para uma lápide, que se quebrou.
A chuva aumentara seu ritimo. Minha costa doía.
- Aí está! – Cris apanhou um dos fragmentos da lápide e retirou de dentro dele um envelope.
- O que é isso? – perguntei ainda deitada.
- É uma carta secreta sobre Colin Groove. – ele explicou.
- Nossa! Muito secreta! – ironizei.
Cris abriu a carta, mesmo na chuva e começou a ler em voz alta.

“Caro senhor prefeito.
Colin, zelador e coveiro de nosso cemitério, foi encontrado hoje, morto, em meio aos arames farpados.
Ainda há, em sua dispensa, perto da saída do cemitério, uma fita de videocassete, muito suspeita e um livro sobre maldições e fantasmas aberto na página 30.
Precisamos que abafem o caso e que arrangem uma família para seu filho recém nascido.”

- O resto está rasgado! – Cris gritou.
Levantei vagarosamente.
- Temos que ir até a dispensa do coveiro. – ele arregalou os olhos.
- Por que tanto interesse nisso?
Ele já estava indo em direção á dispensa. Recuperei o fôlego e foi atrás de Cris.
- ME ESPERE! – gritei.
Ele me aguardou parado por um instante, depois começou a andar novamente, assim que o alcancei.
Estávamos quase chegando á dispensa e resolvi contar-lhe o ser que vi á pouco, porem ele apressou o passo. Assim que chegamos, ele disse:
- Procure um livro e uma fita qualquer.
Começamos a procurar. A dispensa toda ficava no canto do cemitério e era feita de madeira, nela havia uma escrivaninha com uma televisão e um vídeo e vários armários cheios de produtos de limpeza, livros, arquivos, entre muitas outras coisas.
Olhei para o vídeo e para minha surpresa, a fita já estava lá.
- Hei... Cris olhe! A fita já está aqui. – anunciei.
Ele foi até lá e apertou o botão “play” para que iniciasse o vídeo.
A primeira situação apresentada era a de um acidente de carro. Um automóvel vermelho descia por uma rua e logo depois batia em um poste, porém, antes disso, algo esfumaçado com o formato de uma pessoa aparece em cima do carro.
Olhei desconfiada para Cris.
A segunda situação era a de um acidente em um posto de gasolina onde uma mulher muito estranha, da pele azul, dos cabelos negros e com uma saia toda ensangüentada, encosta-se a uma das bombas de gasolina e tudo explode.
A terceira é a de um avião, que caí apos a aparição de algo muito estranho em sua asa.
Desliguei o vídeo, pois estava muito assustada.
- O que você está fazendo? – Cris perguntou.
- Ainda temos que procurar o livro – eu falei para disfarçar.
Ele me olhou com desconfiança.
- Tudo bem. – ele disse.
Voltamos a olhar por entre as prateleiras até que senti algo encostar ao meu dedão do pé. Era o livro. Agarrei-o e gritei:
- Cris! Achei!
Ele veio rapidamente em minha direção.
- Abra na página seiscentos e seis!
Abri. Nele estava escrito:COMO LIBERTAR UMA ALMA JÁ ENTERRADA>>>QUEIME SUA LÁPIDE>>>QUEIME SEU CADÁVER

- Temos que fazer isso! – falei.
- Eu sei. – Cris disse calmo. – Eu vi o Colin, por isso pesquisei.
Eu estava muito surpresa.
- Quando você o viu?
- Em casa. Mas, seu tamanho corporal é muito esquisito! – ele falou enquanto eu concordava com a cabeça.
Havia uma pá bem ao fundo, fui buscá-la.
- Vamos roubar gasolina do gerador de energia. – eu falei já abrindo a porta para sair.
Foi exatamente o que fizemos. Pegamos à gasolina e estamos nos dirigindo ao túmulo de Colin, ao lado do de sua mulher, quando ouvi o barulho novamente.
- Corre! – Cris gritou.
Começamos a correr. Dei uma espiada por cima de meus ombros e vi que o fantasma de colin estava atrás de nós.
Chegamos á lápide quebrada e eu joguei a gasolina em cima de tudo. Cris ascendeu um isqueiro que levava sempre consigo e ascendeu o fogo. Quando olhei para trás novamente, o fantasma havia desaparecido.
- Acho que ele vai ficar sumido por um bom tempo, pelo menos o suficiente para quebrarmos a maldição – Cris falou animado.
Encarei-o nos olhos e nos beijamos.
Abracei Cris fortemente, aliviada. Ele pegou a pá e começou a cavar a terra úmida enquanto a chuva parava. Sorri para ele.
Um gélido calafrio tomou conta de mim quanto senti que alguém tocara em minhas costas e ouvi o barulho novamente...

..::FIM::..

Homenagem ao mestre!

Faz tempo que não posto... Então, hoje vou postar um conto que escrevi para um concurso de uma comunidade, que nem sei quem ganhou até hoje. A proposta era que... Os membros da comuna re-escrevessem um conto do mestre Stephen King. Era um conto muito antigo dele, com uma linguagem bem infantil... Bom. Vocês podem conferir minha re-escritura e talvez... Eu até poste o original, se encontrar ele de novo...

A Coisa no Fundo do Poço
Era o nono aniversário de Oglethorpe Crater. A mãe preparara uma enorme festa, convidara todas as crianças de sua classe escolar e de seu bairro, porém ele ficava quieto, calado, com seu estranho olhar gelado e suas afeições secas de sempre. Não sorriu a festa inteira.
Apenas deu um leve sorriso maldoso quando seu pai apareceu com um cachorro, andava em sua direção com o pequeno animal debaixo do braço, enquanto Crater apenas esperava sentado no sofá.
- Feliz aniversario querido! Trouxe um presente! – o pai disse, levantando o cachorro, que estava com um laço de presente no lugar da coleira.
O garotinho pegou o animal no colo e começou a acariciá-lo, passando seus finos dedos por entre os pêlos, imaginando o que iria fazer com o cãozinho assim que a festa encerrasse. Nomeou-o em silencio, sem dizer nada a ninguém, de Spotty.

A senhora Crater carregava um enorme saco preto de lixo, recolhendo todos os pratos, garfos e copos descartáveis sujos que via pela frente. Ela estava cansada. Esfregava e massageava a testa para ver se sua dor de cabeça passava, mas nem isso, nem os remédios adiantaram.
Estava na verdade triste. Dera uma grande festa, mas o garoto ao menos agradeceu e parecia pouco se importar.
- Nunca mais... Nem pensar. – Falou, amarrando a boca do saco e já o indo colocar do lado de fora. Passou pelo portão e abriu a lata de lixo. Assim que viu o que estava dentro dela gritou horrorizada. Tampou-a e saiu correndo, para dentro de casa. Pegou o telefone e ligou para o número de seu vizinho.
Demorou certo tempo para que atendessem.
- Alô? – cumprimentou o vizinho, aparentando estar alegre.
- Por que você fez isso de novo! – a mulher gritou histérica. – Por que você colocou justo na nossa lata de lixo?
- Do que você está falando? – perguntou.
- Vá até lá ver! Quem sabe não refresca sua memória. – desligou.
Assim que colocou o tele fone no lugar onde estava, a mãe saiu de sua casa e viu que seu vizinho estava olhando para a lata de lixo, com muito nojo. Assim notou estar sendo observado ele olhou para ela e falou:
- Isso é nojento. Por que eu faria uma coisa dessas?
A mulher se aproximou novamente da lata e olhou com o canto de seu olho para o que havia dentro dela.
Um gato morto, com a barriga aberta, cortada, sem seus olhos, cheio de pregos que perfuravam sua pele, já em decomposição.
Após um tempo encarando o vizinho, ela compreendeu que não fora ele e começou a criar teorias que alguém da rua o colocara lá. Foi para seu quarto, e deitou-se na cama olhando para o teto. Esperou que todos os pensamentos saíssem de sua cabeça e foi lavar o rosto. Voltou para o quarto e ficou um bom tempo em silêncio. Estava pegando no sono quando ouviu um choramingar canino vindo do segundo andar da casa, onde ficava o quarto de Oglethorpe.
- O que está acontecendo aí em cima querido? – gritou.
- Nada mãezinha. – uma voz fina e infantil respondeu. – foi o Spotty que pisou em vidro quebrado.

A cozinheira abriu a geladeira á procura de frango. Assim que pegou a carne, picou-a e colocou na frigideira para fritar. Assim que terminou de fazer o frango, o colocou em um prato e preparou outra panela para fritar batata para o garotinho, enchendo-a de óleo. Foi até a dispensa buscar massa de tomate. Com a pequena lata em mãos, voltou para a cozinha e deixou-a em cima da mesa.
Estava indo verificar se o óleo estava quente o suficiente quando de repente escorregou em uma poça de urina. Gritou. Sentiu a pele arder, queimar. Assim que escorregara, sua mão atingiu o cabo da panela com óleo, que caiu todo em seu rosto e em parte de seu tórax.

Os pais entraram correndo no hospital. Foram até a sala onde se encontrava a cozinheira.
Alguns metros de distância de onde se encontrava a empregada, eles ouviram berros, desesperados e choros de pavor:
- Tirem esse garoto de perto de mim! Ele é o demônio disfarçado de inocência! Ele causou isso em mim! Olhem! Está chorando e nem ao menos saem lágrimas de seus olhos!
Eles entraram no quarto no momento em que os enfermeiros retiravam Oglethorpe de perto da mulher com o rosto todo queimado.
- O que aconteceu? – a mãe perguntou ao médico.
- Ela escorregou em urina e derrubou a panela de óleo quente em seu rosto. – ele respondeu, fazendo anotações em sua caderneta sem parar.
- Venha até aqui. – a cozinheira falou.
A mãe se aproximou.
- Antes de irem me buscar para me trazer no hospital, eu subi ao quarto de seu filho para procurar o telefone. O cachorro estava morto e desmembrado. Haviam brinquedos quebrados por toda parte e o garoto ria, gargalhava pintando a parede com sangue de suas mãos. Ele é o demônio. Eu não volto mais para sua casa nunca! Não quero mais ver seu rosto em minha frente. – seu tom de voz começou a aumentar. – Suma daqui e leve esse diabinho com você! Essa sua família é doente! – gritou.
A mãe saiu do quarto depressa, chorosa e abraçou Oglethorpe.
- O que aconteceu querido? – perguntou ao menino.
- Essa mulher é louca! Ela escorregou no xixi de Spotty e ficou morrendo de raiva. Ela matou o cachorro mãe! – chorava.

O menino Crater ficou mudo, como sempre, a viagem toda. Assim que o carro parou e a família desceu, eles foram recebidos pelo avô de Oglethorpe.
- Bem vindos! A minha fazenda deve estar diferente do que vocês se lembram. Já a reformei duas vezes desde a última vez que vieram.
- Está linda como sempre pai! – a mãe falou, com um tom de voz rouco e cansado.
Os olhos da mulher estavam inchados, parecia ter passado a noite aos choros.
O avô mal olhou para o menino. O cumprimentou rapidamente e afastou-se dele. Não queria demonstrar, mas estava com muito medo.
- O garoto vai gostar de explorar a fazenda enquanto colocamos a conversa em dia. – o velho falou.
- Não. Quero conversar com vocês.
O avô ficou encarando o menino estranhamente.
- Vá explorar. Eu e seus pais temos que conversar seriamente.
Oglethorpe deu de ombros e saiu andando lentamente pela grama. Viu que havia um monte de coelhos presos por uma cerca de madeira. Sorriu. Sai imaginação estava trabalhando.
Andou um pouco mais até que avistou um poço. Aproximou-se, apoiou seus braços na beirada, respirou fundo e gritou.
- Olá!
Ficou esperando ecos.
- Oi Oglethorpe. – uma voz suave e macia respondeu.
O garoto se assustou. Afastou-se um pouco do poço, mas sua curiosidade era maior.
- Quem? Quem está aí? – perguntou, receoso.
- É um amigo seu. Se você descer aqui poderemos brincar com todos os animais que estão aqui embaixo. Brincar do jeito que você gosta. Do jeito legal. Não desse jeito chato que os adultos querem que a gente brinque.
- Que animais? – o pequeno e maligno Crater perguntou.
- Tem pássaros, gatos, cachorros e coelhos do jeito que você gosta! E se você for muito bonzinho e não fizer tanta sujeira eu posso até te deixar brincar com um homem!

Ouviram um grito de pavor dentro da sala que vinha do lado de fora e correram para onde vinha o som. A mãe aproximou-se do poço, fechou as mãos em forma de concha ao redor dos lábios e gritou:
- Oglethorpe? É você?
- Mãe! Socorro! – ouviu como resposta.
Em pouco tempo a polícia local estava lá. Um dos policiais afastou-se do poço e foi conversar com o velho fazendeiro.
- Quem foi dessa vez?
- O menino Oglethorpe.
- Espero que ele não tenha sido uma criança muito má.
- Ah. Ele foi. A “coisa” deve ter judiado muito dele.
Os dois ficaram um minuto em silêncio, vendo os policiais trabalhando.
- Os pais sabem da “coisa”?
- Não. – o avô respondeu, seco enquanto os policiais envolta do poço tentavam impedir que a mãe visse o corpo retirado de lá.
Oglethorpe estava morto. Estava sem seus olhos, braços e pernas. Sua barriga estava brutalmente rasgada, seu pescoço torcido, havia sangue por todo lado. Muitos órgãos faltavam ao menino Crater, inclusive sua mandíbula.
A senhora crater soltou um berro de pavor quando conseguiu ver o que acontecera ao seu filho. Chorava, em desespero.
O avô apenas observava de longe, sentindo pena dela e imaginando o que levaria uma criança a ser tão maligna.
- Eles sempre encontram alguém ou algo pior que eles. – falou, quase em um sussurro.
Bom, agora é só explicar que esta postagem é em homenagem á turma da minha nova classe, que pediram por uma atualização do blog... podem esperar que vai ter muito mais! Ainda mais por causa do incentivo de todos! Muito obrigado!